Assim como nossos conflitos que geram a infelicidade estão diretamente relacionados a termos que viver uma vida que não condiz com a nossa verdadeira essência, viver sempre só pensando em nós, gerando desconfortos aos outros, sem se importar, também não nos traz a felicidade completa e plena.
Só podemos perceber isso se tivermos um pouco de humildade e empatia em nossos corações. Caso contrário, sempre continuaremos agindo de forma que tudo ao outro se prevaleça, ou que se dane o mundo, sou assim e pronto.
Cansamos sim, em muitos casos, de sermos nós. Isso é fato e por isso a sensação de querer largar tudo, fugir, sumir deste mundo. Mas isto só acontece quando não somos compreendidos, ou, quando não compreendemos também. Pare de achar que sua infelicidade é sempre por causa do outro.
Sei que é muito mais fácil ouvir pessoas à nossa volta, que são nossos amigos de longa data, ou pessoas das quais convivemos. No entanto, não esqueça que estas pessoas sempre viveram as mesmas coisas e se quer algo realmente novo em sua vida, precisa ouvir o novo, se entregar às mudanças das quais a vida está lhe proporcionando, mesmo que isso lhe gere um medo enorme.
Saiba que quando saímos da nossa zona de conforto, nosso cérebro tenta nos proteger. Ele está fazendo o papel dele, de fazer que não gaste energia e siga sempre com aquilo em sua vida do qual já está acostumada, mesmo que seja o sofrimento, pois ele pensa: “lidar com esse sofrimento, eu já sei, como o novo não, então, vamos ficar quietinhos aqui e viver sofrendo no conforto para o resto da vida”.
Ser feliz é para poucos. É para aqueles que entendem que precisam mudar, que mudança gera desconforto, mas que depois pode ser libertador. Freud traz um conceito na psicanálise chamado “Vivência de Satisfação”, em que diz que, para ter algo novo, é preciso ‘experenciar’, e que esta precisa fazer sentido, e se assim o fizer, a mudança se estabelece.
Não desista tão fácil da felicidade que está sendo posta à sua vida. Não é fácil, eu sei, mas tenha um pouco mais de paciência e tudo se resolverá. Mas se já experienciou realmente tudo o que podia e, mesmo assim, tudo (tudo mesmo), não lhe trouxe nenhum tipo de satisfação significativa, então está fazendo o que aí? Pule do barco, mas pule em terra firme e não no mar para se afogar novamente. Não deixe seu cérebro te iludir com o momento presente, ou que ele não deixe você viver seu futuro.
Beijo no seu coração!
Flávio Campos WT
