Faltam três meses para o fim da Administração do prefeito Gustavo Stupp (PDT), tida por muitos como a pior da história de Mogi Mirim. O consenso entre nomes com anos de vivência na política mogimiriana, sejam profissionais ou munícipes ligados ao ramo, espectadores de administrações passadas e observadores do trabalho feito na cidade, afirmam que o município já viu governos marcados por problemas e dificuldades de gestão, mas nada se comparado ao atual momento, seja em qualquer aspecto.
Sem a mínima popularidade em qualquer canto de Mogi, e bombardeado por críticas desde seu primeiro ano de governo, e que foram aumentando gradativamente até chegar ao ponto de evitar sair pelas ruas e encarar os munícipes, Gustavo Stupp parece ter jogado a toalha e aguarda o dia 1º de janeiro para passar o bastão ao futuro prefeito, que aliás, pegará um abacaxi sem tamanho na mão. Só muito amor e vontade de governar são capazes de fazer com que alguém tenha o desejo e coragem de assumir o que vem pela frente.
Não será nada fácil gerir o município em um futuro próximo, que se já vinha com pontos negativos desde as últimas administrações, chegou ao ápice da incompetência no atual comando.
Mas, além de acumular uma infinidade de problemas, Stupp sairá da Prefeitura de forma nada amigável e com uma imagem arranhada. Ao invés de obras, projetos e programas que beneficiem a população, economia de combustível, impressora, água, energia elétrica e o corte de investimentos brindarão um fim de governo horrendo, lembrado para sempre como negativo.
Assim como em 2015, a Prefeitura incorpora, a partir de amanhã, o “pacotão da economia”, com corte de tudo o que se pode pensar. O decreto publicado no Diário Oficial do município instala uma contenção de despesas em todas as áreas, sempre moldada na justificativa de queda de arrecadação, prioridade no pagamento de funcionários e na necessidade de se manter uma gestão fiscal responsável, atribuído por todos esses motivos e à crise econômica vivida pelo país.
Oras, como se não fosse dever da Prefeitura manter essa mesma responsabilidade independente de período econômico e instabilidade política. Stupp e companhia, em muitas ocasiões, lembram o discurso da presidente afastada Dilma Rousseff (PT), que culpa a crise, o judiciário, a oposição e a mídia pelo caótico momento político e administrativo do Brasil. Como se sem esses elementos ditos por ela o país fosse mil maravilhas.
Os últimos meses de Stupp se encerrarão de forma melancólica. Nada de positivo a quem o elegeu e ao restante da população. Apontar pontos positivos será tarefa árdua, salve uma ou outra situação. Que o atual governo fique de exemplo para as próximas gerações de como não se conduzir uma Administração pública.