Foi no final da última sexta-feira, dia 28 de janeiro, que a Prefeitura de Mogi Mirim tornou pública a data do retorno das aulas presenciais na rede municipal. A data é a mesma que O POPULAR revelou na edição impressa que circulou no mesmo dia, ou seja, 14 de fevereiro. Pelo que sabemos, é a mesma data estabelecida lá em 2021, quando a Secretaria de Educação planejou o ano letivo que se inicia neste mês.
Porém, a Administração parecia meio receosa em voltar. O argumento para esta reportagem foi de que a situação de pandemia, com o aumento dos casos, fez ampliar o zelo e as conversas antes da divulgação do calendário. Pois bem, na mesma semana em que se estudava melhor a data, eis que sai a data. E ela só foi divulgada após uma reunião regional que, segundo a Prefeitura, aconteceu aqui mesmo, na Estação Educação, reunindo representantes também de Mogi Guaçu, Itapira e Conchal.
Não precisavam ter esperado tanto para divulgar a mesma data que já estava certa. Agora, pelo menos, é de domínio público. E os alunos voltarão com 100% da ocupação e, assim como no Estado, obrigados a irem à escola. Ou seja, não haverá mais chance de ensino remoto – ou híbrido – e quem não for para a sala de aula terá falta marcada. A Prefeitura também reforçou que os protocolos sanitários serão rígidos e, o mais interessante, haverá uma coesão entre as quatro cidades sobre os procedimentos.
É algo coerente e que, óbvio, protege os próprios governos, afinal, não vivemos em redomas e o que acontece na cidade vizinha é logo de conhecimento geral, levando a questionamentos sobre os motivos de uma proceder de um jeito e a outra de maneira diferente.
Complexo mesmo é vivermos com a convicção de que as nossas crianças perderam quase dois anos do melhor formato de ensino, o presencial, e que o retorno às salas de aula precisam realmente acontecer como está.
Porém, ao mesmo tempo, é impossível não ter medo com a escala no número de mortes, em um país em que, até outro dia, registrada menos de 100 óbitos por dia e, na última sexta, data do anúncio aqui citado, somar 799 baixas pelo novo coronavírus e sua atual variante dominante, a ômicron.
Nos resta confiar que as escolas serão mesmo um ambiente mais seguro que a rua e tudo mais em que não se controla distanciamento e uso de máscara e que os servidores levarão à risca o uso de EPIs. Confiar que uma grande parcela dos profissionais da Educação está com três doses da vacina, as crianças com 12 anos ou mais já podem estar com o esquema vacinal ideal completo e as crianças de 5 a 11 anos estão começando a tomar a primeira dose.
Assim, as aulas voltarão e nós acompanharemos com rigor se os devidos passos estão sendo tomados. É claro que muitas crianças não estão protegidas de seus pais, aqueles anti-vacinas. Mesmo assim, precisamos proteger a todas e termos a convicção de que o ambiente escolar em Mogi Mirim está adequado para a segurança sanitária e, ao mesmo tempo, oferecendo o melhor dos mundos em educação. Por um futuro melhor que este, de egoísmo, hipocrisia e obscurantismo…