sábado, novembro 23, 2024
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O Nascimento de Mogi Mirim – n° 680

O dístico do brasão heráldico de Mogi Mirim, criado em 1935 pelo historiador Afonso de Escragnolle Taunay, filho do grande Visconde de Taunay, lembra a participação dos bandeirantes na fundação de nossa terra, nascida da bravura dos paulistas.

Tudo começou com a passagem, em 1680, do bandeirante Bartolomeu da Silva Bueno pelas matas do Boigi, antigo território de Mogi Mirim. Ele construiu uns toscos ranchos de pau-a-pique e cobertos de sapé e folhas de palmeiras, para abrigar os bandeirantes e armar suas redes de dormir.

Esses ranchos constituíram o chamado “pouso dos bandeirantes”. Mas não foram motivo de fixação de pessoas no local e logo eles partiram rumo a Goiás, em busca de ouro e pedras preciosas. Bartolomeu, o Anhanguera, levava consigo o seu filho caçula.

Em 1719, após descobrir as famosas lavras de ouro do Coxipó e fundar a povoação de Cuiabá, o bandeirante Pachoal Moreira Cabral, com seus homens, entrou pelas matas de Mogi Mirim. Gostando do local, aqui alguns ficaram e fixaram-se nas terras do Boigi.

Em 1722, o bandeirante Bartolomeu Bueno da Silva Filho, o segundo Anhanguera, recebeu do governo português a incumbência de abrir uma estrada rumo a Goiás. O segundo Anhanguera, que viera com seu pai, em 1680, de São Paulo até o território de Goiás, aproveitou essa missão para tentar redescobrir as minas de ouro e pedras preciosas encontradas por seu pai.

A Bandeira do segundo Anhanguera, ao passar pelo território do Boigi (antigo nome de Mogi Mirim), deixou aqui diversas pessoas para cultivar cereais e criar animais, que seriam meios de substancia alimentar no regresso da Bandeira.

Acontece que diversos desses bandeirantes resolveram fixar-se em definitivo nas terras mogimirianas do Boigi. Um pequeno núcleo populacional acabou surgindo no local em que hoje existe a Rua Marciliano e o Ribeirão Santo Antônio. Até uma pequena capela foi construída na esquina das ruas Riachuelo e Marciliano, onde os bandeirantes assistiram missa antes de adentrar os sertões, conforme atesta o cronista Pedro de Mattos.

Em torno dessa capelinha foram construídas as primeiras casas de Mogi Mirim, pelos bandeirantes Manuel Garcia Velho, Francisco de Siqueira, Ignácio Preto de Moraes, Antônio de Araújo Ferraz, Matheus de Cubas, Manoel Rodrigues de Araújo Belém, José Gorjão Cotrim, Vicente Adorno e outros. Os bandeirantes de Paschoal Moreira Cabral e o segundo Anhanguera foram os verdadeiros fundadores de Mogi Mirim, entre os anos de 1719 e 1722.

Fontes: Pedro de Mattos, Dr. João Mendes de Almeida Junior e Arquivo do Estado de São Paulo

Triste e desiludido pelas injustiças e ingratidão do rei de Portugal, que lhe tomou terras, ouro e pedágios, o segundo Anhanguera faleceu em 1740, pobre e desamparado. Bartolomeu Bueno da Silva Filho, o segundo Anhanguera, foi um dos fundadores de Mogi Mirim, no ano
de 1722.

Preceitos Bíblicos
“Disse Jesus: Ponham em primeiro lugar na sua vida o Reino de Deus e aquilo que Deus quer. Não fique preocupados com o dia de amanhã, pois o dia de amanhã trará as próprias preocupações. Para cada dia bastam suas próprias dificuldades”. (Mateus 6, 33-34)

Túnel do TEMPO
Em 1909, Mogi Mirim possuía três corporações musicais, lideradas pelos maestros Leopoldo Ladeira, Severiano Patrício da Luz e Napoleão Portioli. A banda União dos Operários foi a mais famosa e com repertório diverso, como chótes, mazurcas, marchas militares, modinhas e valsas.

Livros – História de Mogi Mirim e Região

Mogi Mirim, nascida da bravura dos paulistas
512 páginas e 42 fotos
A escravidão e o abolicionismo Regional
278 páginas e 56 fotos
Memórias Mogimirianas
260 páginas e 47 fotos

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