Quem nunca caiu em boatos nas redes sociais? Hoje, as chamadas fake news, que são matérias com informações falsas, têm se tornado uma realidade cada vez mais recorrente, principalmente por conta do aumento do acesso à internet. O tema é de extrema relevância, tendo em vista que uma notícia falsa, quando ganha espaço nas redes, além de propagar mentiras, funciona como uma espécie de bomba porque pode incentivar a intolerância, discursos de ódio, destruir reputações e ainda provocar caos nos rumos políticos, sejam eles de uma cidade ou país.
De acordo com uma reportagem da revista Sorria – Para a ser feliz agora, uma publicação da Editora MOL Ltda., um estudo feito em 2015 pelo Instituto de Tecnologia da Geórgia, nos Estados Unidos, revelou que um quarto de tudo que é publicado no Twitter, por exemplo, é falso. Na semana da abertura do impeachment de Dilma Rousseff, em abril de 2016, pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) constataram que três das cinco matérias mais compartilhadas no Facebook no Brasil eram falsas. A mesma matéria ainda colocou que a Organização das Nações Unidas (ONU) divulgou um comunicado, em março deste ano, tratando a questão como uma preocupação global.
Na última semana, por exemplo, a Prefeitura de Mogi Mirim fez um comunicado em suas páginas oficiais, alertando os munícipes sobre informações inverídicas referentes ao agendamento para cirurgias de catarata e sobre a inscrição para cadastro habitacional. O Governo Municipal informou que as mentiras eram propagadas nas redes sociais ou por pessoas que realizam visitas nas residências, oferecendo o serviço e alegando pertencer a uma equipe de enfermagem da Secretaria de Saúde.
Portanto, a primeira regra, conforme a reportagem da revista destaca, é: desconfiar sempre. Faça questionamentos como: de onde veio a notícia? o veículo que a publicou é razoavelmente conhecido?. Outra dica é verificar se o título é muito sensacionalista ou ainda se o conteúdo é cheio de adjetivos e erros de português. Caso identifique tais falhas, é sinal de que a credibilidade da informação pode ser questionada. Também é necessário checar a informação recebida, ou seja, se ela contém fontes confiáveis.
Na dúvida, é recomendável sempre não compartilhar e, por fim, é fundamental cumprir o papel de cidadãos e denunciar as fake news. As pessoas precisam se dar conta de que situações assim podem colocar em risco suas próprias vidas. Infelizmente, é um golpe baixo e que muitos, covardemente, se utilizam para satisfazer interesses escusos. Nesses casos, a missão de informar não é prioridade e o valor da notícia acaba jogado na lata do lixo.