segunda-feira, abril 21, 2025
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O que esperar de 2018?

À meia-noite do dia 31 de dezembro, 2017 ficará para trás, na memória e na história. Para uma cidade, e também todo o país, que ainda sofre os efeitos de uma drástica crise financeira e, de quebra, com total descrédito da classe política, não foi um ano fácil. Mesmo assim, em alguns poucos momentos, pode-se dizer que o município, pelo menos, se encheu de esperança novamente.

Começando pela mudança de gestão, o Poder Executivo, sempre lamentando as consequências dos erros cometidos pelo governo anterior, e não sem razão, precisou tomar as rédeas dos cofres públicos. Foram contas e mais contas. O Poder Legislativo, por sua vez, apareceu com caras novas, mas os discursos não surgiram tão inovadores quanto à imagem.

A esse ponto da caminhada, faltando apenas uma semana para o fim do ano, Mogi Mirim espera mesmo por dias melhores em 2018. Para isso, atitude e criatividade devem ser as palavras de ordem para o novo ciclo que se iniciará. Fazendo um paralelo com a área médica, a cidade estava em coma. Hoje, ela já “respira” sem aparelhos, contudo ainda permanece na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). O desejo é que Mogi possa logo ter alta dessa trajetória de decadência dos últimos anos.

Se for para levar algo de 2017, que seja então a força de vontade da Secretaria de Cultura e Turismo. Com poucos recursos, a pasta conseguiu resgatar as ações culturais, trazendo música e vida para um lugar pouco aproveitado pelo mogimiriano, como o Teatro de Arena. A cidade, que nem sequer contava com uma agenda de eventos, se viu palco de uma das maiores comemorações em alusão ao Dia Nacional do Samba.

Também é digno de reconhecimento a perseverança da Secretaria de Saúde, que se empenhou para abrir a Unidade de Pronto Atendimento (UPA), na zona Leste, concretizando, portanto, a única promessa de campanha do prefeito Carlos Nelson Bueno (PSDB). Isso não significa que as demais áreas não tiveram seus méritos.

No entanto, esses são os exemplos mais palpáveis de que é possível mudar a realidade quando se tem vontade e muito trabalho. Desses poucos momentos de esperança também faz parte a revitalização da Praça Rui Barbosa, no Centro. É outra prova que a ação em comunidade, envolvendo diversos setores, sempre fará a diferença.

O que não dá para levar para 2018 é a inércia, que insiste em perdurar, na área esportiva, a inconsciência de parte da população, que comete atos de vandalismo contra imagens sacras, escolas, enfeites natalinos ou, simplesmente, quando joga um papel de bala no chão, a política barata, que manipula e age em prol dos próprios interesses e, principalmente, a falta de coragem, porque essa, sim, é o ingrediente que move a vida.

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