Jesus é o mestre da paz, não é sem razão que Ele também é chamado de o príncipe da paz. Mesmo diante de uma cena de agressão e violência, diante de Pilatos, com as mãos amarradas, Ele diz: “meu reino não é deste mundo, se meu reino fosse deste mundo, pelejariam os meus servos…”. Entenda: a violência e a agressividade, o nervosismo, as preocupações e angústias são energias poderosas que não dominaram o coração de Jesus. Tais coisas não fazem parte do reino D´Ele.
Toda a nação viu nesses dias passados, perplexa, a notícia de que um garoto, adolescente, matou seus colegas de classe numa escola em Goiânia. Qual a razão que justifica tal ato? Não estou aqui, de nenhuma forma, querendo acusar o réu, mas quero propor um entendimento: quais não eram as energias que habitaram sua mente e seu coração que o motivaram a tal ataque? Quero dizer que a perturbação espiritual, a falta de paz do espírito, o nervosismo e a ansiedade geram o estado de agressividade e violência e ambas vão ocupando os espaços internos do indivíduo, levando a pessoa para longe do equilíbrio que é o controle total sobre os pensamentos e ações que determinam o comportamento humano; é a capacidade de ter controle absoluto dos sentimentos e das reações, é o domínio de si mesmo para sair de situações problemáticas. Jesus como pessoa nos ensina o equilíbrio, algo muito parecido com a santidade!
Estamos caminhando como sociedade humana, globalizada, rumo a muitos tipos diferentes de desequilíbrios e isso se vê, diariamente, nas diferentes manifestações da vida social em suas políticas, religiões, economias; nos pesos diferentes das leis, enfim, nossa sociedade cristã está se afastando da ética do Cristo Jesus, mestre, o modelo para o indivíduo que constrói a vida social. Peço a Deus que Jesus ocupe os espaços internos daqueles que se abrem à espiritualidade cristã com o objetivo de espalharem paz e serenidade. O Espírito do Senhor nos guie!
Dom Pedro Paulo Teixeira Roque
Bispo Coadjutor de Jundiaí, SP – ICAB.
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