sábado, novembro 23, 2024
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O Retrato do Imperador – Nº 714

No início do ano de 1868, os vereadores da Câmara Municipal de Mogi Mirim resolveram prestar uma homenagem ao Imperador D. Pedro II, com a confecção de um quadro pintado a óleo e que seria introduzido no recinto de nossa edilidade. Para tanto, tomaram duas providências: contratar o pintor italiano Antônio Pinutti e comunicar Sua Majestade sobre essa decisão, solicitando que posasse para o pintor em ocasião propícia.

D. Pedro II concordou e pediu ao pintor que fosse até a Corte Imperial, no Rio de Janeiro, em data previamente fixada. O italiano Pinutti era famoso na época, tendo retratado diversos personagens da história brasileira. Ele foi indicado pelo advogado Dr. Evaristo de Araújo Cintra para confeccionar o retrato do imperador a um custo que é desconhecido, mas que deve ter sido alto vista a reconhecida capacidade de Pinutti.

Na sessão de Câmara de 24 de novembro de 1868, o vereador João Alberto de Oliveira Prado informou que, estando pronto o retrato, fosse o referido entregue ao procurador da Câmara Municipal para ele providenciar a moldura e o que fosse necessário para a colocação na parede da sala de reuniões.

O quadro ficou na Câmara até 16 de novembro de 1889, quando acontecimentos inesperados e desencadeados pela repentina “Proclamação da República”, no dia anterior, quase destruíram aquele precioso tesouro de nossa história. O republicano Antônio Francisco de Araújo Cintra, fazendo uso de sua bengala, perfurou e rasgou parte do quadro a óleo e no que foi ajudado por outros descontentes com a monarquia.

Graças à imediata ação de alguns vereadores, o retrato de D. Pedro II foi salvo da destruição total e enviado ao Dr. Antônio Rodrigues do Prado (um dos fundadores e primeiro presidente do Clube Recreativo), que ofereceu o quadro novamente à Câmara Municipal, onde permaneceu até meados da década de 1970 ao lado dos retratos de Prudente de Morais, Floriano Peixoto e Dr. Jorge Tibiriçá, grandes expoentes do novo regime republicano.

Ainda no século XIX o quadro do imperador foi restaurado (hoje se nota o rasgão ocasionado pelas bengaladas do republicano Araújo Cintra). Por volta de 1975 a Câmara fez a doação daquela preciosidade histórica ao Museu Histórico e Pedagógico “Presidente João Teodoro Xavier”, de Mogi Mirim, onde até hoje se encontra.

São 153 anos da história de nossa terra contados e representados naquele quadro de valor inestimável e condensando uma série de notáveis ocorrências, lendas e mistérios, que se escondem diante dos olhares curiosos e indagativos das pessoas que o contemplam.

Preceitos Bíblicos
“Peçam, e lhes será dado! Procurem, e encontrarão! Batam, e a porta se abrirá para você! Pois todo aquele que pede, recebe; quem procura, acha; e a quem bate, a porta será aberta”. (Lc 11, 9-10)

Túnel do TEMPO
Em 31 de dezembro de 1948 o município de Mogi Mirim possuía um território com 1.260 quilômetros quadrados, assim distribuídos: Mogi Mirim (sede) com 476 km², Artur Nogueira (distrito) 325 km², Santo Antônio de Posse (distrito) 143 km², Conchal (distrito) 198 km² e Jaguariúna (distrito) 119 km². Posteriormente, todos os antigos distritos foram desmembrados, tornando-se municípios e assim diminuindo o território de Mogi Mirim.

A família imperial: da esquerda para a direita, ao fundo, o Conde D’Eu, a princesa Isabel, D. Pedro II e o príncipe Pedro Augusto (filho da falecida Princesa Leopoldina e neto do imperador), as crianças Pedro, Luiz e Antônio, filhos da Princesa Isabel e do Conde D’Eu, por último a imperatriz Tereza Cristina. Todos visitaram Mogi Mirim por diversas vezes.

 

Livros – História de Mogi Mirim e Região

Mogi Mirim, nascida da bravura dos paulistas | 512 páginas e 42 fotos
A escravidão e o abolicionismo Regional | 278 páginas e 56 fotos
Memórias Mogimirianas | 260 páginas e 47 fotos

Pontos de venda em Mogi Mirim

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