Dilma Rousseff, que, no momento, ocupa a presidência da república do nosso país acredita que “Manaus é a capital da Amazônia”; e também nos explicou que é a Natureza que planta árvores na nossa floresta. Anos atrás, o então presidente Lula açoitou a ciência ao afirmar que a poluição brasileira só ocorria porque o planeta é redondo (ao girar passa sob a atmosfera poluída provocada por outros países, segundo seu raciossímio), argumentando que tal poluição não aconteceria se a Terra fosse retangular. Como diria o meu saudoso Jota Toledo: Maravilha!
Dias atrás, ao jornal italiano La Republlica, o ex-presidente disse que “a defesa do emprego é mais importante que a inflação” (como se tais coisas fossem permutáveis). Pego na besteira, o grande líder petista emitiu depois uma nota em que afirma que foi mal interpretado e coisa e tal e acusou seus críticos de quererem mais desemprego para combater a inflação.
É o petismo no estado mais puro da barbárie política: acusar opositores de responsáveis pelo emprego de baixa qualificação e aumento da inflação por conta de baixos investimentos em qualificação técnica e infraestrutura em governos passados, embora o petralhismo já nos assombra nos últimos longos doze anos.
Leio essas coisas e fico perguntando por onde andará a oposição que não se manifesta, que não nos protege (somos mais de 44 milhões de eleitores não petistas) da vergonha internacional, de uma presidente que não consegue construir uma única frase sensata e que até mesmo separa o sujeito do predicado quando discursa de improviso?
Todos os dias vejo trabalhadores seguindo para seus empregos, todos nós que vamos espremidos em velhos ônibus, sem ar-condicionado e dirigidos por motoristas mal pagos e também mal-educados. Pagamos tarifas modernas para andar em latas velhas, essa é a verdade. É esse o Brasil de todos nós: pagamos salários modernos a velhacos políticos que nos devolvem um serviço público de péssima qualidade – e isso quando nos devolvem alguma coisa, é claro.
Na Venezuela, a milícia do psicopata Nicolás Maduro fez a sua vigésima segunda vítima e a presidente Dilma Rousseff se cala diante dessa carnificina bolivariana.
Pelo contrário, ela votou contra o envio de observadores da OEA à Venezuela. Resta lembrar que o Brasil segue a reboque dos fascistas bolivarianos, e que foi com o apoio de Dilma Rousseff, a Rainha da Amazônia, e Cristina Kirchner, a Louca do Tango, que o democrata governo paraguaio fosse suspenso do Mercosul para que a ditadura venezuelana fosse não só aceita mas para que também assumisse a presidência rotativa do bloco.
Pergunto por onde andará a nossa oposição política. Sei lá. Eduardo Campos desce a borduna no governo Dilma e faz cafuné no amigo e ex-presidente Lula da Silva. Aécio Neves também usa o mesmo muro político e a caravana petista segue atropelando a ética republicana, fazendo pouco do Congresso Nacional e passando óleo nas dobradiças togadas do Judiciário, submetendo-as a uma humilhação jamais vista na nossa história republicana.
Vinte e cinco bandidos foram condenados no tal mensalão e embargos infringentes foram aceitos pela Corte, o que não está previsto no seu regimento interno e tampouco fora aceito até então para reavaliar delitos penais. Portanto, até o fim do ano Delúbio Soares, José Genoíno, João Paulo Cunha e José Dirceu estarão livres para saudar o novo ano com muita festa, espumante e risadas. E porque um bando de gente que gosta de bandido ajudou os corruptos petistas a pagarem suas multas, eles sairão da cadeia quase um milhão de reais, cada um, mais ricos. E eu não faço a menor ideia de quem seja o cidadão, provavelmente um seguidor de Catão, que falou que o crime não compensa. Ao que tudo indica, político não era.
E tampouco petista.
Zeza Amaral é jornalista, escritor e músico