Ao melhor estilo João Dória, prefeito de São Paulo, que possui como uma de suas logomarcas e estratégia de marketing o termo “acelera” , a palavra poderia muito bem ser encaixada no transporte público de Mogi Mirim. Está mais do que na hora de os ônibus acelerarem, não na velocidade, mas na capacidade e estrutura. Caindo aos pedaços, registram problemas há anos.
A chegada da Viação Fênix, com vasta experiência no mercado do transporte intermunicipal e com atuação em diversas cidades do Estado, é um sopro de esperança. Após atender a todas as determinações previstas em um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), assinado junto à Prefeitura, a empresa iniciou de fato seu trabalho há poucos dias e começa a dar sinais de novos tempos no transporte público de Mogi. Pelo menos, no discurso, as palavras impressionam pela seriedade. Na voz do diretor geral da Fênix, Victor Hugo Chedid, a empresa mostra que não veio para brincar, para alívio da população que depende do transporte.
Na segunda-feira, durante sessão da Câmara Municipal, Victor passou por uma verdadeira sabatina e se saiu bem dela. Em suas palavras, um discurso firme, sem fugir de nenhuma pergunta. Talvez, o momento de maior surpresa foi quando garantiu que a cidade terá o melhor serviço de transporte público da região. A verdade é que qualquer melhoria que surja efeito fará diferença em um cenário alarmante, com ônibus quebrados, sem manutenção adequada, com vida útil ultrapassada e sem oferecer um serviço aceitável para quem paga mais de R$ 3 na catraca.
O diretor garantiu a vinda de, no total, 24 ônibus, destes, 20 disponíveis à população até o final do TAC. Modernos, chamam a atenção pelo fato de serem zero quilômetro, segundo ele, nas palavras do avó, o melhor caminho para um serviço de qualidade, bancos confortáveis, sistema de iluminação apropriado e até com tomadas e sistema de internet sem fio, o wi-fi. Além disso, um total processo de modernização, treinamento de funcionários e investimento pesado em tudo relacionado ao tema. Não se pode fugir da realidade: diante de tudo isso, o preço da passagem subirá, restando descobrir quando isso vai acontecer. Isso aumenta ainda mais a responsabilidade por um transporte de excelência.
O mogimiriano clama por isso e já não aguenta mais tantos percalços. Não bastasse a falta de um miniterminal rodoviário, existente em qualquer cidade, o que por si só já mostra a incompetência do Poder Público de décadas para cá, a quantidade de problema nos ônibus e em pontos, que de abrigos não têm nada, evidenciam o sucateamento, o desleixo e a real necessidade por mudanças. É hora de menos discurso e mais prática. Fênix e Prefeitura estão na mira e a continuidade da situação poderá ser fatal. Os olhos precisam estar mais do que abertos…