Falta pouco para o fim do governo do prefeito Gustavo Stupp (PDT). Já existe uma corrente na cidade que pede até seu afastamento do cargo, de forma imediata, e o início efetivo do trabalho de Carlos Nelson Bueno (PSDB), que tomará posse oficial em 1º de janeiro. De fato, a medida não desagradaria a ninguém, e motivos para que ganhe força aumentam a cada dia.
Envolto a críticas de todos os cantos da cidade, Stupp não para de dar munição para isso. Como já virou praxe, sempre que tem liberdade, aproveita da situação e, por meio de portaria ou decreto, concede uma bondosa folga para a Administração Municipal de uma maneira geral. No feriado de Nossa Senhora Aparecida, no último dia 12, resolveu esticar seu descanso e da ampla maioria dos funcionários da Prefeitura, dando ponto facultativo na quinta e sexta-feira. A medida pode ser considerada boa no aspecto do descanso e do relaxamento, sobretudo em épocas de crise econômica, e política, quando qualquer trabalho, ainda mais dentro de um Poder Executivo, ganha mais tarefas e consequente pressão e cobranças. Por outro lado, salvo engano alguns órgãos municipais, considerados essenciais pela tipicidade dos serviços executados, a medida acaba afetando diretamente quem depende da Administração: a população.
Os pontos facultativos fazem com que serviços públicos essenciais, como Unidades Básicas de Saúde (UBSS), creches e escolas suspendam seus trabalhos, acarretando em extremas dificuldades, seja para atendimento, retirada de remédios ou aonde deixar o filho enquanto a mãe trabalha. E, nos próximos dias, a situação tem tudo para piorar.
Nova portaria estabelece ponto facultativo na sexta-feira, dia 28, dia do Funcionários Público , a segunda-feira, dia 31, e a terça-feira, 1º de novembro. Somado ao feriado de Finados, no dia 2, e o final de semana, serão seis dias sem o funcionamento adequado da Prefeitura.
Não se pode ignorar o fato de a crise econômica ser grave e medidas que diminuem as despesas sejam necessárias. Embora Stupp dê prioridade, com razão, para a garantia do pagamento dos funcionários e o cumprimento com os deveres do Poder Público, suspender os serviços por quase uma semana beira o absurdo e mostra total falta de respeito com a população. Justo em seus últimos meses de governo, o prefeito deveria trabalhar não apenas para quem o elegeu, mas todo o restante dos mogimirianos que aqui vivem. E o que falar da data de hoje, quando a cidade comemora 247 anos e nenhuma cerimônia será oferecida pelo Poder Público?
Stupp continuará recebendo um polpudo salário até dezembro, valor que por si só já o credencia a ter o dever de promover um trabalho digno até lá. Mas, parece fazer de tudo para sair da Prefeitura da pior maneira possível.