sábado, novembro 23, 2024
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O turfe em Mogi Mirim

É sempre muito misterioso tratar sobre os primeiros registros esportivos em Mogi Mirim. Mas, como um bom curioso, seguimos ousando falar aqui sobre o passado desta ferramenta tão importante para a nossa comunidade. Entre as primeiras modalidades conhecidas em nossa cidade está o turfe.

As corridas de cavalo eram a principal atração no país no século XIX. De acordo com historiadores, ela chegou ao Brasil, oriunda da Inglaterra, através do negociante inglês James Monley e Clots. As primeiras notícias de páreos equestres remetem a 1825, no Rio de Janeiro (RJ). Por aqui, um dos registros mais longínquos são do Almanach de Mogy-Mirim e Mogy-Guassú para 1889, produzido pela Gazeta de Mogy-Mirim.

Nela, entre as associações elencadas está o Hippodromo Mogy-miriano, que apresentava como presidente, à época, o Tenente Cláudio Marcolino da Silveira Bueno. A modalidade se manteve ativa, mas vou dar um salto até 1928.
No dia 14 de julho de 1928, a convite do Sr. José Teixeira da Matta, e com a presença de figuras como Luiz de Amoedo Campos e Lauro Monteiro de Carvalho e Silva, estava fundada a Associação Sportiva Mogymiriana.

A ideia, porém, parecia não vingar. Ainda assim, Matta se manteve firme no propósito e houve uma tentativa de negociação com o Dr. Alexandre Coelho sobre o terreno em que, atualmente, está a Santa Casa de Misericórdia. Conta o Jornal A Comarca que também se pensou em uma área anexa à Cervejaria Mogyana, na Avenida Tibiriça, no antigo Campo de Experiências, também no Centro.

Não havia sucesso até a chegada à cidade do Dr. Oscar Canteiro, respeitado delegado de turfe na Capital. Canteiro não gostou da área da Avenida, mas teve brilho nos olhos ao ver ao espaço do Cemitério Velho, no bairro da Saúde, de propriedade do senhor Floriano de Moraes. Por intermédio de seu procurador, Renato Franco, a área foi comprada pela entidade no valor de 4:000$000, ou seja, 4 contos de réis. Em uma conversão hipotética, o equivalente a R$ 492 mil. Não era uma bagatela!

Na próxima coluna eu conto mais sobre o turfe em Mogi, com detalhes sobre a mudança de nome do clube e muito mais.

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