sexta-feira, abril 18, 2025
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O único lado da política é o povo

No país do polarismo, pensar na política ideal parece ato de quem não está em sua total sanidade mental. Como imaginar, por exemplo, ações importantes para a cidade entre lideranças opostas. Não nos cansamos de imaginar, aqui, movimentos políticos em conjunto entre forças opostas no combate à Covid-19.

Já citamos, inclusive, o impacto que causaria vermos, juntos, Paulo de Oliveira Silva e Carlos Nelson Bueno,engajados em uma campanha de conscientização sobre a pandemia. Afinal, a história terá espaço para ambos como os prefeitos de Mogi Mirim durante a maior crise sanitária do país no Século XXI, assim como o Coronel Francisco Ferreira Alves foi o prefeito durante a Gripe Espanhola.

E falamos mais aqui. Não só eles, como outros dos candidatos derrotados em 2020 ou ainda os demais ex-prefeitos vivos. Porém, como os eleitores olhariam para opositores aliados mesmo em um combate desses? Vale lembrar que, contra os desumanos fascistas e nazistas do Eixo, Estados Unidos e União Soviética se tornaram aliados. E foi essa união que garantiu a vitória na Segunda Guerra Mundial.

Não é fácil. Como é insano imaginar uma relação ideal entre o Executivo e o Legislativo local. O que é um prefeito? Um representante do povo escolhido para executar ações pela cidade. O que é um vereador? Um representante do povo escolhido para tratar das leis que irão reger estas ações, além de fiscalizar o que é executado. São rivais? Jamais. São amigos? Não precisam ser. São apenas representantes.

E devem ser sempre aliados, o que é bem diferente de parceiros. Se aliar é lutar na mesma guerra. E, neste caso, a batalha é pelo povo, que elegeu tanto quem está na Prefeitura quanto quem está na Câmara. Haverá momentos de divergência? Óbvio. Inclusive dentro do próprio Parlamento. Afinal, são 17 mentes diferentes. E que bom que pensam diferente, porque estão ali para representar a população e a população é composta por mentes diferentes. Isto é democracia, meus amigos!

Nas últimas semanas, se tornou recorrente nas redes sociais a discussão de narrativas entre o prefeito Paulo Silva e o vereador Tiago Costa sobre o Projeto de Lei que determinava a publicação dos nomes dos vacinados. O exemplo é maravilhoso, pois cada lado defendeu causas legítimas. O vereador queria transparência do Executivo. O prefeito, a manutenção do direito de confidencialidade da saúde dos munícipes.

Ao invés de conflito, seria linda a coesão. Deste extrato da política atual, saiu, porém, um ponto de destaque. O vereador Magalhães mudou o voto. Sabe-se lá se a justificativa usada é mesmo a real. Mas, com certeza, é a ideal. Após ouvir o povo, votou diferente ao aprovar o veto do projeto do que ao aprová-lo. Este deveria ser o norte de sempre. Mais do que o lado escolhido, a voz que comanda deveria ser a que realmente impôs a eles o direito de nos conduzir: a palavra do povo.

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