sábado, novembro 23, 2024
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O vácuo de Stupp onde poderia brilhar

Diversos fatores podem contribuir para um governo municipal  passar por uma situação crítica, deixando a cidade com a impressão de abandono. Um é a própria incompetência de gestão, com uma equipe incapacitada e um comando frágil. Outro fator é o econômico, com a crise financeira e a queda na arrecadação que podem prejudicar os municípios. Um terceiro fator é a dificuldade política a nível superior, com complicações para atrair recursos por não estar alinhado ao partido do governo do Estado. Com um talento político inegável, Carlos Nelson conseguiu atrair diversos recursos para Mogi Mirim ao mudar do PDT, pelo qual  foi eleito, para o PSDB, do governo estadual. O atual governo de Mogi está caótico por juntar os três fatores.

Diversas administrações apresentam pontos positivos e negativos, deixando no mínimo algum legado. Para ficar no exemplo do citado Carlos Nelson, o prefeito foi considerado um bom administrador e urbanista, com obras positivas, mas pecando no aspecto humano, o que fazia a oposição dizer que a cidade é feita de gente e não de cimento. No terceiro ano de governo, Stupp ainda não deixou legado algum, dando a impressão de estar desfocado e pouco preocupado em deixar uma imagem positiva, o que surpreende pelo fato de desde a época de campanha para vereador ter se destacado como um grande especialista em marketing. Para não dizer que legado algum foi deixado, pode ser destacada a Feira Noturna de quarta-feira, o que dá mostras de como a situação é lamentável, pois esta deveria ser apenas um plus.

Pela notória paixão por festas, juventude, simpatia e sua personalidade descontraída, Stupp poderia deixar como legado fatores na área do lazer e cultura. Com uma maior vontade de fazer e engajamento, agradaria a população e deixaria sua marca. Não há crise que justifique o desleixo, por exemplo, com as datas festivas.

Depois do Carnaval ser desprezado, do desfile de Sete de Setembro cancelado e de grandes shows não ocorrerem em sua gestão, Mogi Mirim viu uma festa de pequenez absurda no aniversário de 246 da emancipação político-administrativa. A simples apresentação de fanfarras em evento desorganizado não combina com a importância da data. Merece menção honrosa o concerto da Orquestra Sinfônica, mas viabilizada pelo Sindicato do Comércio Varejista. É inadmissível que Stupp tenha criado uma Secretaria de Cultura e Turismo e que as questões culturais sejam maltratadas. Falta mais planejamento e vontade do que verba para levar as datas a sério. O zoológico é um sopro de lazer aos finais de semana, embora tenha demorado anos para ser inaugurado e não possa ser enquadrado em algo da atual gestão.

Stupp deixa um vácuo de lazer, desperdiçando o que poderia ser seu legado por ser algo teoricamente simples de ser realizado e condizente com sua personalidade alegre, o que cairia como um marketing de consequências positivas.

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