Em meio a uma grave crise financeira e com a diminuição das receitas, o Mogi Mirim não sonha alto para 2017. O clube, que no ano que vem disputará a Série A-2 do Campeonato Paulista no primeiro semestre, já tem claro o objetivo no início da temporada. Manter-se na segunda divisão do Paulista e não correr risco de acumular mais um rebaixamento, após duas quedas nos últimos dois anos. Em entrevista na terça-feira retrasada, o presidente Luiz Oliveira admitiu que sem dinheiro, o clube não fará “loucuras” para a montagem do elenco, priorizando o pagamento de despesas.
“O primeiro objetivo para o ano que vem é permanecer na Série A-2, o primeiro passo é esse, planejar a manutenção, e não distante disso, tentar montar uma equipe com um custo dentro do padrão da competição, nem baixo, nem alto e tentar o acesso. O Mogi não vai fazer nenhuma loucura financeira para poder trazer nomes ou trazer peças gastando o que não tem. O grande desafio dessa direção é tentar equacionar a questão financeira do clube”, explicou o presidente.
Com orçamento para a Série A-2 que deve girar entre R$ 600 a R$ 800 mil, Luiz reafirmou que o clube continua na busca por um parceiro que colabore com o elenco profissional, mas que devido às mudanças na legislação, a situação desfavorece o Sapo. “Continuamos buscando uma parceria no profissional. Hoje, com o advento da lei 13.155, você engessou os clubes menores. Com a legislação nova que instituiu o Profut, nenhum presidente pode investir dinheiro no clube, pois o Mogi é uma associação sem fins lucrativos. A grande dificuldade de trazer um parceiro é porque não tem segurança institucional para fazer um investimento. Se ele fizer qualquer investimento está fazendo à margem da lei, então você está numa situação muito delicada”, contextualizou, completando que a crise financeira é prá lá de ruim. “A questão financeira é grave, gravíssima, temos trabalhado para diminuir essa gravidade, fazendo aportes financeiros de modo particular”, admitiu.
Com dez atletas remanescentes no elenco, o clube pode anunciar o novo treinador e sua comissão técnica nos próximos dias.
CT
Luiz Oliveira se mostrou confiante quanto à possibilidade de o Mogi conseguir retomar o controle e cancelar a transferência dos dois Centros de Treinamento, em Mogi Guaçu e Limeira, para Rivaldo. Uma audiência de conciliação, realizada no último dia 19, foi o ponto de partida para isso. “Começou uma conversa para se chegar a um acordo, nessa última reunião foi construída uma ponte para tentar resolver o problema do CT. Estou otimista. Existem boas perspectivas de solucionar o caso”, disse.