As obras de restauro da Escola Estadual Coronel Venâncio, localizada na Avenida Coronel João Leite, no Centro de Mogi Mirim, tiveram início em agosto de 2012, mas foram concluídas somente em novembro do ano passado. Os serviços, que deveriam ter sido executados dentro do prazo de 12 meses, levaram três anos e três meses para serem finalizados.
Em abril de 2014, O POPULAR apurou junto à Fundação para o Desenvolvimento da Educação (FDE), órgão responsável pela gestão das obras da Secretaria da Educação, que o contrato com a empresa executora da reforma seria rescindido por descumprimento de alguns itens. Então, um novo processo licitatório foi aberto para a conclusão das intervenções, o que acabou adiando a entrega.
Em outubro de 2013, a reportagem já havia noticiado o atraso nas obras, que, por diversas vezes, teve o prazo final adiado. Na época, a FDE afirmou que o cronograma estava sendo seguido conforme previsto. Segundo a Secretaria da Educação, o investimento nos serviços da unidade totalizaram R$ 1,6 milhão. Inicialmente, o valor anunciado foi de R$ 1,2 milhão, verba repassada pela FDE.
No entanto, mesmo após as obras, o muro externo da escola continua pichado em toda a sua extensão, o que aparenta um cenário de abandono. Em nota, a Secretaria da Educação do Estado de São Paulo informou que todos os espaços escolares também receberam pintura. “Infelizmente, após a conclusão da obra, a escola voltou a ser vítima de pichações”, reforçou a secretaria.
A obra compreendeu os serviços de restauração da fachada, dos elementos decorativos, revestimentos internos e externos, modernização do sistema de combate a incêndio e descargas atmosféricas, revisão das instalações elétricas, tratamento dos pisos de madeira, reforma dos sanitários, entre outras melhorias.
Fundado em 1900, o Grupo Escolar Coronel Venâncio homenageia o primeiro prefeito da cidade, Coronel Venâncio Ferreira Alves Adorno. O prédio é tombado pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Arquitetônico e Turístico do Estado de São Paulo (Condephaat) e passou por uma restauração há 15 anos.
Melhorias
No fim do ano passado, a unidade recebeu R$ 6,8 mil. O recurso, de acordo com a Educação, deve ser destinado à pintura de locais depredados, entre outros serviços. Em todo o Estado de São Paulo, serão investidos R$ 37 milhões para a volta às aulas.
Todas as escolas estaduais recebem repasses para contratar serviços de reforma, adequação, consertos e instalações de equipamentos que compõem o patrimônio escolar. Algumas podem até usar a verba para grafitar muros ou levar outros conceitos artísticos à unidade.
A iniciativa organizada pela FDE faz parte das atividades do projeto “Trato na Escola”. O objetivo é que as unidades fiquem de “cara nova” para o retorno dos alunos. O ano letivo tem início no dia 15 de fevereiro.
