Guilherme Felipe Marques, o “Ocrinho”, de 29 anos, foi condenado por tentativa de homicídio contra sua ex-companheira, uma mulher de 27 anos e o companheiro, um rapaz de 28 anos, ocorrido em setembro de 2020, na Zona Leste. A sentença foi de 16 anos e quatro meses.
“Ocrinho” era um dos comparsas de Lucivaldo Leonardo da Silva Filho, morto em outubro de 2020, após um confronto com a Polícia na SP-147. Antes de ser morto, Lucivaldo e a quadrilha que comandava aterrorizou Mogi Mirim e região e, foi responsável pelo latrocínio – roubo seguido de morte – de Paulo Cesar Manara.
Após este crime, uma intensa caçada deu-se contra os componentes da quadrilha. Lucivaldo e alguns comparsas fugiram para o Circuito das Águas, onde ele acabou entrando em conflito com a Guarda Municipal daquela região.
Ferido, retornava para Mogi Mirim em um táxi, quando acabou morto. Após sua morte, Guilherme Felipe acabou se entregando para a Polícia, em um domingo, 1º de novembro de 2020, seguindo preso até seu julgamento, que ocorreu na terça-feira, 23. A audiência foi realizada no Fórum local, em um júri composto por cinco homens e duas mulheres, que contou, como juiz, Emerson Gomes de Queiroz Coutinho e, como promotor, Gaspar Pereira da Silva Junior.
O caso que levou o réu a condenação aconteceu na Rua Alcindo Pissinatti, na Zona Leste, na madrugada do dia 27 de setembro, quando, segundo a denúncia, Guilherme Felipe surpreendeu sua ex e o atual companheiro chegando na moradia. Ele teria tido um longo relacionamento com ela e, de acordo com o registro do caso, não estaria aceitando o término e o novo relacionamento dela.
As vítimas registraram o caso na Delegacia de Defesa da Mulher (DDM), por onde seguiu as investigações. Nos relatos, as vítimas contaram que Guilherme, em um primeiro momento, teria tentado atropelá-los. Sem êxito, deixou o local, retornando momentos depois armado e disparando cinco vezes em direção à casa onde estavam as vítimas. Inclusive, a perícia realizada pela Polícia Científica identificou as marcas dos projeteis no portão e em paredes.
A defesa, assim como Guilherme, negou a autoria dos disparos. Ele, que já estava preso desde 2020, após a leitura da sentença, foi levado novamente ao sistema prisional.