quinta-feira, novembro 21, 2024
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Olhares estatísticos e mais amplos da eleição em Mogi

No último domingo vivemos mais um dia da chamada Festa da Democracia. Foi dia de eleição, com o primeiro turno nas escolhas para presidente e governador. No dia 30 de outubro voltaremos às urnas para escolher o futuro presidente do Brasil e o novo Governador de São Paulo.
Para o Palácio do Planalto, ou será renovado o crédito a Jair Bolsonaro (PL) por mais quatro anos ou o ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva (PT) será reconduzido ao cargo que ocupou entre 2003 e 2010. Já na briga pelo Palácio dos Bandeirantes, vamos de Tarcísio de Freitas (Republicanos) x Fernando Haddad (PT).

Neste pleito paulista, um veredito foi dado: terminou uma era tucana, iniciada em 1994, com Mário Covas. Porém o Estado tem enormes chances de seguir com sua pendência à direita, por mais que a curva esteja ficando cada vez mais extrema. Afinal, antes de Covas, André Franco Montoro, Orestes Quércia e Luiz Antônio Fleury Filho, ambos do antigo PMDB, seguiam a linhagem mais próxima aos partidos da Ditadura Militar, como Arena e seu sucessor, o PDS. O vento natural sopra a favor de Tarcísio, candidato da extrema-direita e que recebeu mais de 50% da confiança do eleitorado mogimiriano.

Um ritmo natural como também foi o do apoio maciço ao atual presidente. Em 2018, no primeiro turno, foram 31.820 votos para Bolsonaro contra 32.982 votos no último domingo. Seguindo a lógica, a tendência é até de ultrapassagem de votos em relação a quatro anos, quando, no segundo turno, contra Haddad, o capitão reformado do Exército teve 37.986 votos.

Ainda no visual local das eleições, vamos às câmaras. Ninguém ganhou, mas dá pra dizer que dois nomes saem fortalecidos. A presidente do legislativo mogimiriano, Sônia Módena, obteve 12.722 votos. Só em Mogi, foram 7.310 eleitores, comprovando uma força que chamou a atenção em 2020, quando, com 2.356 votos, bateu o recorde e se tornou a vereadora mais votada entre os 749 da história mogimiriana.

Não dá para negar que há prestígio não só aqui, como na região. Afinal, em 2018, o mais votado entre os nomes de Mogi foi o vereador Robertinho Tavares que, no total, teve 5.015 votos, número inferior ao que Sônia, nesta eleição, obteve apenas fora da nossa cidade. Também em números brutos, Barros Munhoz, o único da região eleito para deputado, mais uma vez estadual, voltou a crescer em Mogi. Após 6.204 votos em 2018, o ex-prefeito de Itapira (SP) teve 8.529 votos na cidade. Já para deputado Federal, Vinicius Marchese teve 4.973 votos em Mogi Mirim, sendo o mais votado da cidade para o cargo, número bem superior aos 1.535 votos de Diógenes Campos, o nome vinculado a Mogi com melhor desempenho em 2018.

Além disso, por mais que não tenha conquistado uma cadeira no Congresso, Marchese terminou a eleição com 45.933 votos, dado que evidencia sua amplitude eleitoral e que lhe dá força, inclusive, para aspirações em seu segmento, como na briga por um lugar de destaque no Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (CONFEA). Os demais nomes saíram do pleito com um termômetro de incertezas, sobretudo para os que sonham com a cadeira do Executivo Municipal em 2024.

Agora, é respirar fundo e acompanhar de perto os dias que separam um turno do outro, sempre com a convicção de que é fundamental a nossa participação direta em uma eleição e de que as diferenças fazem parte do jogo democrático. Você pode até ter nojo da opção que o seu próximo escolhe, mas nunca se esqueça que alguém também verá seu lado como uma aberração. Faz parte. Somos diferentes. Mas que sejamos iguais na paz e no respeito às diferenças!

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