O crescimento do nível de atividade do vírus da febre amarela no território paulista, ainda no fim do ano passado, levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a divulgar, na última terça-feira, dia 16, um informe em que classifica todo o estado de São Paulo como área de risco para a doença. Com isso, para toda pessoa que pretende viajar para qualquer ponto do estado, partindo de dentro do Brasil ou de outros países, a recomendação é tomar a vacina contra a febre amarela com dez dias de antecedência.
A OMS informou que a avaliação é um processo permanente e que pode vir a indicar novas áreas de risco no país. De acordo com a entidade, desde dezembro de 2016, foram registradas ocorrências de febre amarela em macacos em 21 estados brasileiros e no Distrito Federal, com 788 casos em humanos, dos quais 265 resultaram na morte do doente.
Embora não haja casos de febre amarela na cidade, as Unidades Básicas de Saúde (UBSs) de Mogi Mirim disponibilizam vacinas contra a doença. Precisam se imunizar crianças a partir de nove meses e adultos até 59 anos, com apenas uma dose. Os idosos têm que passar por uma avaliação médica antes de receberem a vacinação.
Em um comunicado oficial, a Prefeitura informou que não há necessidade de pânico. Segundo a Administração Municipal, a imunização nas unidades é feita somente no período da tarde, das 13h às 15h30, de segunda a sexta-feira, mediante o fornecimento de 20 senhas por dia.
Dados
O Brasil registrou, de julho de 2017 a 14 de janeiro deste ano, 35 casos da doença. Os casos envolvem, principalmente, o Sudeste e são de residentes em zonas rurais ou que tiveram contato com áreas silvestres por motivos de trabalho ou lazer, segundo o Ministério da Saúde. As informações, repassadas pelas secretarias estaduais de saúde sobre a febre amarela no país, foram atualizadas na terça-feira.
Desde o ano passado, os informes seguem a sazonalidade da doença, que acontece, em sua maioria, no verão. Portanto, o período analisado desde então é de 1º de julho a 30 de junho. No período de monitoramento (que começa em julho/2017 e vai até junho/2018), foram confirmados 35 casos de febre amarela no país sendo que 20 vieram a óbito, até 14 de janeiro deste ano. Ao todo, foram notificados 470 casos suspeitos, sendo que 145 permanecem em investigação e 290 foram descartados.
O ministro da Saúde substituto, Antônio Nardi, reforçou a importância da vacinação da população que mora nas áreas com recomendação de vacina e explicou que, como medida adicional de segurança, o Ministério da Saúde solicitou mais 20 milhões de seringas específicas para fracionamento. A ação faz parte da estratégia de medidas de prevenção da febre amarela do Governo Federal.