sábado, novembro 23, 2024
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Ong Hospitalhaços faz seleção para novos voluntários nesta tarde

Neste sábado, ocorre em Mogi Mirim um processo seletivo para quem deseja fazer parte da Organização Não Governamental (ONG) Hospitalhaços, que tem sede em Campinas, mas atua em diversas cidades. O trabalho da organização é levar alegria ao ambiente hospitalar por meio da figura do palhaço, que faz uso de brincadeiras e gestos de afetividade. Mogi Mirim e Mogi Guaçu já possuem representantes da Ong, que atuam nos hospitais São Francisco, Tabajara Ramos e Santa Casa (isso na cidade vizinha) e no Hospital 22 de Outubro (que fica em Mogi Mirim). No total, cerca de 40 pessoas atuam se somadas as duas cidades e ainda há dez vagas. Hoje, a seleção ocorre a partir das 13h30 no Hospital 22 de Outubro e é destinada aos interessados das duas cidades.

O POPULAR acompanhou nos últimos dias o trabalho da equipe que atua na Santa Casa de Mogi Guaçu. O objetivo foi conferir como as intervenções são realizadas no ambiente hospitalar e o resultado se traduz em uma palavra: emocionante! A qualidade da intervenção também se estende aos trabalhos das demais equipes, uma vez que é todo direcionado pela Hospitalhaços e há todo um preparo dos voluntários antes das atuações serem iniciadas.

Aline Péccolo Tonetto está há dois anos na Ong e também é a responsável da Hospitalhaços na região mogiana. Antes, ela relatou que chegou a fazer outras atividades voluntárias, mas que atuar nos hospitais levando um pouco de alegria também é muito gratificante. “Como voluntária o trabalho é amenizar a dor, levando um pouco de alegria. Um aperto de mão, um abraço faz a diferença e essa troca é muito importante no momento em que a pessoa está fragilizada. É um momento muito gratificante e o que me motivou é ver que posso fazer alguém sorrir e isso é de graça”, destacou Aline.

Flávia Marinelli e Gustavo Mello são namorados e também participam do Hospitalhaços desde o ano passado. “Eu sempre via e achava interessante. No ano passado, procuramos os Hospitalhaços e fizemos o processo. Todo dia acontece alguma coisa especial, alguma coisa diferente. Cada quarto é uma caixinha de surpresa”, ressaltou Flávia, que também chegou a fazer trabalho voluntário em outros segmentos.

Antes, porém, de adentrar as “caixinhas de surpresa”, como destacou Flávia, o grupo se reúne para fazer as maquiagens e se aprontar para distribuir um pouco de alegria. Os nomes civis deixam de existir e assim que os narizes vermelhos estão postos passam a se chamar, entre tantos outros integrantes da Ong: Feliz, Miss Simpatia, Popó, Nina, Fifi, Curriculum, Espirro, Peteleco, Leleco e Woody.

Atuação

Divididos em grupos, os palhaços passam por todas as alas do hospital, seja a infantil, a adulta, a maternidade, o pós-cirúrgico e até o pronto socorro recebe os visitantes.

Nos quartos ocorrem números de mágica, os enfermos e seus familiares escutam piadas variadas e recebem lembrancinhas, como bexigas coloridas vasos de flores e maletas (aqueles itens de plástico), e até anel, como aqueles de doce. As senhorinhas são chamadas de princesas e por serem realezas são as merecedoras do anel, que acaba sendo colocado no dedo mindinho e arrancando um sorriso.

“É um trabalho maravilhoso, não conhecia, e distrai bastante a cabeça”, disse Onicéia Lucilia Reis Costa, de 68 anos, que estava sendo medicada na ocasião.

“Eu também achei divertido, perguntaram meu nome e gostaram dele e me ofereceram brinquedo e bexiga”, disse Aquiles Correia, de oito anos, que estava na ala da maternidade aguardando a mãe e conhecendo irmãzinha, Letícia.

Nem sempre é fácil acompanhar a realidade no Hospital. O grupo ressaltou que é por isso que existe todo um treinamento, pois as situações encontradas são as mais adversas, que comove não só os palhaços (mesmo que não demonstrem), mas também os próprios pacientes.

“Às vezes dá vontade de chorar porque a gente vê de tudo. E também tem gente que chora quando vê a gente. Não sabemos se é de emoção ou porque somos muito feios. Mas se for de emoção, a gente espera passar e fica”, disse brincando Andrea Veloso, que faz parte da Ong desde 2014.

Seleção

Qualquer pessoa que tenha acima de 16 anos, seja alfabetizada e tenha aptidão física e mental para exercer trabalho voluntário pode participar da seleção que ocorre nesta tarde. Não há um perfil definido para atuar como palhaço. Os selecionados nesta tarde ainda seguem para treinamentos específicos, por isso não é preciso se preocupar. Outra solicitação da Ong é que os interessados no processo conheçam mais sobre a Hospitalhaços no seguinte site: hospitalhaços.org.br.

Serviço

Seleção para Ong Hospitalhaços

Data: Hoje

Local: Hospital 22 de Outubro, em Mogi Mirim

Horário: a partir das 13h30

 

 

 

 

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