sábado, setembro 14, 2024
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Operação contra furto de energia atinge Bar do Tina e Mac Balão; 5 são presos

Cinco empresários de Mogi Mirim foram presos na manhã da última terça-feira, 26. Uma operação de combate ao furto de energia em Mogi Mirim e Mogi Guaçu foi feita por equipes da Polícia Civil com o apoio da Elektro. Segundo a concessionária, foram identificadas irregularidades em residências, estabelecimentos comerciais e industriais. Ao todo, nas duas cidades, foram abertos 13 inquéritos policiais.

Em Mogi Mirim, foram presos Claudia Ferreira de Carvalho, da Casa de Carnes Carvalho; Luiz Tadeu Ehrlich Junior, do Espetinho e Cia (conhecido também como Espetinho do Luiz); Mario Henrique Piasecki, do Supermercado Econômico II; Abimael Guarnieri, do Mac Balão; e Adriana Aparecida Tarossi, do Bar do Tina. Todos foram liberados após o pagamento de fiança de R$ 2 mil, para Claudia, Luiz e Mario; R$ 4 mil, para Abimael; e R$ 20 mil, para Adriana. Os valores foram definidos com base na capacidade econômica de cada preso.

Outro comerciante, Elvio Guideti, do Supermercado Planalto, também foi alvo da operação, mas não foi preso, por não ter sido localizado pelos policiais.

A operação começou logo pela manhã, com a saída de várias equipes, simultaneamente. No açougue da Praça Catarino Marangoni, no Tucura, funcionários da Elektro fiscalizaram o medidor de energia e constataram o rompimento de dois fios do sistema, indicando a prática de subtração de energia. Aos policiais, Claudia Carvalho disse desconhecer quem tinha feito a alteração no medidor.

Operação de combate ao furto de energia foi realizada pela Polícia Civil com o apoio da Elektro. (Foto: Divulgação)

O POPULAR conversou com o sobrinho da acusada, que classificou o episódio como um golpe, já que homens teriam ido até o comércio falando que iriam trocar o padrão de energia e solicitaram um valor para o suposto serviço. Jeferson Teixeira de Azevedo, que se identificou como advogado de Claudia, procurou pela reportagem e disse que sua cliente não iria falar.

Luiz Tadeu Ehrlich Junior, do Espetinho e Cia, que fica na Rua XV de Agosto, no Santa Luzia, declarou à Polícia que foi procurado por um rapaz uniformizado, de alcunha Primo, que disse que instalaria um aparelho para reduzir o valor da energia, cobrando R$ 200 pelo serviço. O comerciante disse que não sabia da irregularidade. À reportagem, ele disse que foi enganado quando o rapaz colocou esse suposto aparelho em seu medidor.

O responsável pelo Supermercado Econômico II, Mario Henrique Piasecki, disse à Polícia Civil que desconhecia qualquer artifício para subtrair energia, relatando que o relógio de força fica na área externa do comércio, localizado na Rua Americo Varzini, no Jardim Paulista, e, portanto, seria de acesso a qualquer pessoa. Até o fechamento desta reportagem, o acusado não havia sido encontrado pelo O POPULAR para falar sobre a operação.

O caso de Abimael Guarnieri, do Mac Balão, é semelhante aos demais casos. O comércio fica na Rua Rachid Ajub Andare. Ele também preferiu não se pronunciar à reportagem.

No Bar do Tina, localizado na Rua Padre Roque, 1581, no Centro, Adriana Aparecida Tarossi foi presa em flagrante, após a constatação por parte da Elektro de que havia cinco relógios de energia fraudados com o objetivo de subtrair energia. A reportagem procurou o estabelecimento e, pelo telefone, Florentino Luiz Gonçalves, o Tina, informou que não iria comentar o caso.

No estabelecimento de Elvio Guideti, do Supermercado Planalto, o medidor estava sem os lacres, assim como a caixa da chave de aferição e os interruptores estavam fora de posição. No local, na Rua Cornelio Pires, no Jardim Flamboyant, os policiais não encontraram Elvio, apenas o gerente do estabelecimento, que disse desconhecer os fatos.

Considera-se furto de energia quando há uma ligação direta na rede elétrica sem o conhecimento e autorização da concessionária de energia. São os conhecidos “gatos”. Já a fraude ocorre quando os lacres da sua medição são rompidos e manipula o consumo no medidor de energia com o objetivo de reduzi-lo. Ambos são crimes previstos no Código Penal. Todos os acusados irão responder em liberdade.

Equipes trabalharam com o cruzamento de dados de consumo e inteligência analítica. (Foto: Divulgação)

Elektro: cruzamento de dados identifica “gatos”
A Elektro, por meio de nota à imprensa, deu detalhes sobre o caso. Segundo a concessionária, além das inspeções em campo, as equipes trabalharam com o cruzamento de dados de consumo e inteligência analítica que permitiram identificar as fraudes. “A Elektro está prestando todo auxílio à Polícia Civil para a realização das operações”, afirma Talles Silva, Gestor de Perdas da Elektro.

Em casos de comprovação de furto de energia, a concessionária pode cobrar os valores retroativos referentes ao período fraudado, acrescidos de multa. Quando a fraude ou o furto são descobertos, o responsável pode ter o seu fornecimento de energia suspenso.

De acordo com a Elektro, as perdas contribuem para tornar a conta de luz mais cara para todos os consumidores. O valor da energia furtada e os custos para identificar e coibir as irregularidades são levados em consideração pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para estabelecer o quanto a energia custa para cada área de concessão.

Além do impacto na conta de luz, os furtos e fraudes de energia pioram a qualidade do serviço prestado, prejudicando todos os consumidores. As ligações clandestinas sobrecarregam as redes elétricas, deixando o sistema de distribuição mais suscetível a interrupções no fornecimento de energia.

ALVOS DA OPERAÇÃO EM MOGI MIRIM

CLAUDIA FERREIRA DE CARVALHO – CASA DE CARNES CARVALHO
LUIZ TADEU EHRLICH JUNIOR – ESPETINHO E CIA
MARIO HENRIQUE PIASECKI – SUPERMERCADO ECONÔMICO II
ABIMAEL GUARNIERI – MAC BALÃO
ADRIANA APARECIDA TAROSSI – BAR DO TINA
ELVIO GUIDETI – SUPERMERCADO PLANALTO

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