A Operação Direção Segura realizou seis autuações relacionadas à embriaguez ao volante no sábado, na Rodovia Wilson Finardi, SP-191, nas proximidades do Haras Imperatriz, onde foi realizado o Beer Festival, Encontro de Cervejeiros.
Foram abordados 84 veículos pela Polícia Militar Rodoviária. Destes, foram autuados seis motoristas que se recusaram a fazer o teste do etilômetro, equipamento popularmente conhecido como bafômetro. Os demais motoristas passaram ilesos pelo teste.
O Capitão da 2ª Companhia do 4º Batalhão da Polícia Rodoviária (BPRv), Vagner Pedron, considerou o número dentro da normalidade das operações realizadas e até pequeno se for considerado ter sido uma fiscalização relacionada à festa alusiva ao consumo de bebidas alcoólicas.
Por outro lado, Pedron observa que a Polícia Rodoviária tem conhecimento da prática de condutores que tentam driblar a fiscalização por caminhos alternativos. No entanto, lembra que é buscado cobrir toda a malha viária dentro das possibilidades. Informalmente, a Polícia teve conhecimento de que mais de 50 veículos foram deixados no Haras por pessoas que souberam da operação e preferiram voltar de carona ou táxi. Desta forma, considera que o objetivo foi atingido, pois caso a fiscalização não ocorresse, Pedron não tem dúvidas de que estes motoristas não teriam tido a mesma consciência. A intenção é que os condutores realmente saibam da fiscalização, diante do notório conhecimento de que a combinação de álcool e direção gera resultados catastróficos.
Bafômetro
Os seis motoristas que se recusaram a assoprar o bafômetro foram enquadrados no artigo 165-A do Código de Trânsito Brasileiro, que diz respeito à recusa do teste, representando infração gravíssima.
Os veículos foram liberados para um condutor habilitado e os motoristas multados em R$ 2.934,70, além de terem recolhidas as Carteiras Nacionais de Habilitação (CNHs). Não houve prisão, pois o motorista só é preso se for constatado, no bafômetro, a partir de 0,34 miligramas de álcool por litro de ar expelido. Neste caso, o indivíduo é conduzido a um distrito policial e responde a um processo criminal. Até 0,33 miligramas, o consumo de álcool gera a multa, mas não a prisão.
Pedron observa, porém, que a simples recusa ao teste não evita a prisão. Se o motorista apresentar mais de um sinal de embriaguez, pode ser preso. O capitão explica que os policiais produzem um relatório com questões objetivas envolvendo diversos itens para se concluir a embriaguez, como hálito etílico, andar cambaleante e voz pastosa. Testemunhas e filmagens também podem ser utilizados. Até um sinal de embriaguez não gera prisão. Dos seis casos registrados no sábado, nenhum apresentava mais de um sinal de embriaguez e assim foram multados e liberadas.
Além das seis autuações por embriaguez ao volante, houve outras cinco de naturezas diversas, como trafegar com o pneu liso, dentre outras, totalizando 11.
Operações em dias de festas serão intensificadas
A operação realizada para fiscalizar os condutores presentes no Beer Festival, no Haras Imperatriz, não foi um caso isolado na Operação Direção Segura. A ideia da Polícia Militar Rodoviária é estar sempre atenta à realização de eventos com consumo de bebidas alcoólicas em rodovias.
O Capitão da 2ª Companhia do 4º Batalhão da Polícia Rodoviária (BPRv), Vagner Pedron, observa que todos os dias são realizadas fiscalizações de combate à embriaguez ao volante. A segunda companhia abrange 36 municípios. Quando há o conhecimento de festas, há fiscalizações especiais. “Sempre houve, mas estamos intensificando e vamos intensificar cada vez mais”, frisou Pedron, lembrando que as festas chegam ao conhecimento policial comunicadas pela própria organização, via rede social ou imprensa.
Os números de autuações variam de acordo com a festa e disponibilidade de efetivo. Pedron lembra que na ocasião de uma festa nas imediações da Rodovia Dom Pedro, por exemplo, foram realizadas 30 autuações relacionadas à embriaguez ao volante.
