Caros leitores, abriram-se as cortinas e o clima esquentou. Só não pegou fogo porque não teve tempo para isso. Claro que estamos falando da primeira sessão ordinária da nova Legislatura 2021/2024 da Câmara Municipal de Mogi Mirim. E qual a polêmica? Volta às aulas, claro.
Inclusive foi aprovada uma moção de repúdio do vereador professor Cinoê Duzo (PTB) ao governador João Doria (PSDB) pela sua falta de sensibilidade, conforme o edil, quanto ao retorno das aulas presenciais na rede estadual, marcado para o dia 8, enquanto que o Município adia o máximo possível essa volta. Moção aprovada sim, mas com cinco votos contrários, entre eles, o da correligionária Joelma Franco. Já tem racha?
“Desde a Legislatura passada defendo: sem vacina, sem volta às aulas. As mortes saltaram 266% em uma semana. É fato. Não é o momento. O ano letivo se recupera, vidas não”, disparou o petebista.
A petebista retrucou: “Há diversos estudos que mostram sérios danos para a educação do país com os alunos fora das salas de aula. As crianças não podem pagar esse preço caro, seja pela ingerência ou até mesmo incompetência de nossas ações”.
O tucano Magalhães também discorda de Cinoê, tendo como base a óptica da economia. “Estamos vivendo um contrassenso. Professores particulares demitidos porque não tem alunos e professores públicos [como Cinoê] recebendo seus vencimentos em casa. Comércio indo a bancarrota. Eu não estou entendendo é nada”, atacou.
Para um bom entendedor…
Claro que o petebista Cinoê não iria deixar barato. Mas não teve tempo para retrucar o colega, porque o tempo da Explicação Pessoal foi cancelado. Mesmo assim, ele balbuciou durante o intervalo regimental criticando quem pensa que professor não trabalha. “Nessa pandemia trabalhamos e muito, sim”, disse, para quem quisesse ouvir.
Por hoje, só sexta que vem.