sábado, novembro 23, 2024
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Os erros e acertos

Após quatro anos de uma Câmara Municipal desprestigiada, considerada para muitos a pior formação no Poder Legislativo de Mogi Mirim nas últimas décadas, a composição atual entrou em 2017 com 12 novas caras e a esperança por dias melhores.  E, pouco antes do recesso de meio de ano, com seis meses de legislatura, alguns nomes já se destacam. Claro exemplo disso é o vereador Tiago Costa (PMDB). Não é novidade e nem surpresa alguma da entrega de Tiago em prol de Mogi. Desde quando não exercia o cargo de vereador, já era visto na luta de inúmeras bandeiras. Foi ele o autor de ações que lutavam pela proibição da Contribuição da Iluminação Pública, a famosa CIP. A concessão do Serviço Autônomo de Água e Esgotos (Saae) à iniciativa privada, outro projeto de Stupp que não saiu do papel, contou com a resistência de Tiago.

Como vereador, Tiago continua a mostrar seu empenho, mas, como todo novato, comete seus deslizes. O maior deles não teve a ver com sua atitude em si, mas a forma como levou o problema ao noticiário. Autor da denúncia da revisão de salários do prefeito Carlos Nelson Bueno, da vice-prefeita Lúcia Tenório e dos secretários municipais, escancarou um fato acobertado pela atual administração Municipal, que mais tarde, após entrada no Ministério Público e a pressão popular, foi revogado pelo prefeito.

O problema é que Tiago levou o caso a uma tribuna da Câmara sem antes ter conversado com os demais vereadores. Isso aumentou após ele, também de forma correta, expor empecilhos no reajuste nos salários dos vereadores, o que resultou em um bombardeio contra Costa nos bastidores do Legislativo. Era recomendável dialogar com seus pares antes de expor o caso aos olhos da sociedade, justamente a fim de se evitar um desgaste.

Tiago falha quando não se posiciona claramente com os demais vereadores, passando a impressão que tomou a iniciativa de uma maneira para que ganhasse os louros sozinho. Ele poderia ter se posicionado de um método mais transparente com seus companheiros, que se sentiram apunhalados, independente de estar agindo corretamente com a população. Eticamente seria melhor.

Por outro lado, Tiago cumpre com brilho uma das verdadeiras missões de um vereador. A de fiscalizar. Advogado, possui articulação suficiente e embasamento técnico e jurídico, respaldado em estudos, para debater qualquer questão. Expõe argumentos e debate em alto nível. Em comparação com a última legislatura, quando Luzia Cortes Nogueira (PSB) tinha seu marido, o ex-prefeito Paulo Silva e o assessor Mauro Nunes como mentores, Tiago age praticamente sozinho e se destaca.

As falhas até aqui não podem fazer com que se intimide ou esqueça de seu papel: o de fiscalizar e lutar por Mogi. Tiago tem tudo para marcar seu nome na política mogimiriana nos próximos anos e colaborar com a sociedade. Precisa evoluir, amadurecer, ser mais maleável em certos momentos, mas caminha no rumo certo.

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