Continuamos com a missão de relembrar um pouco sobre o gigante feito do Mogi Mirim Esporte Clube em 1985. Hoje vamos falar sobre o elenco que garantiu o inédito acesso à elite do futebol paulista e o título da Segunda Divisão daquele ano. Ao lado, fichas destacadas de três personagens.
Ederson, lateral-direito, foi quem mais vezes entrou em campo na campanha. Não faltou em um jogo sequer dos 36 que o Sapão da Mogiana fez. “Eu era o mais novo do grupo tinha apenas 16 anos. Eu era recebido e ainda sou com muito carinho em todo lugar que frequentava”, relembrou Ederson em um bate-papo com a reportagem de O POPULAR. Aliás, fica aqui um aperitivo para o fechamento em grande estilo desta série especial, que sairá no dia 24 de dezembro. Não percam.
Ainda sobre o grupo, três atletas estiveram perto da assiduidade perfeita. O goleiro Fernando Zurlo, o zagueiro Roberto e o atacante Silvinho, porém, fizeram 35 partidas. Silvinho, aliás, é destaque por liderar outra estatística.
Foi ele o principal artilheiro do Mogi em 1985, marcando um total de 12 gols, entre eles tentos fundamentais, como na vitória por 1 a 0 diante do Rio Branco, na última rodada da segunda fase, garantindo a vaga à fase final e na fase decisiva, quando marcou diante do Novorizontino, já aos 38 da etapa final, mantendo o clube vivo na luta pelo acesso e pela taça.
Donizete também foi um goleador apurado, com oito gols em 30 partidas. Marcou, aliás, no 1 a 1 com o Tanabi, no dia 11 de dezembro. Sacramentou o acesso. Outros 10 atletas marcaram naquela trajetória e os dados de partidas disputadas, incluindo como titular ou entrando no decorrer do jogo e de gols marcados está no quadro abaixo.
O plantel montado por Wilson Fernandes de Barros e sua diretoria contava com uma maioria de atletas recém-chegados, mas também com outros velhos conhecidos. Silvinho e Oscarzinho, por exemplo, já estavam no grupo que disputou a primeira Segunda Divisão da história do clube, em 1982.
Jorge Maravilha também atuara três anos antes. Naquela temporada, o Sapão foi bem e avançou até o quadrangular do acesso. Em 1983, Silvinho e Oscarzinho ganharam a companhia de figuras como o lateral Haroldo. O Alvirrubro avançou até a chamada decisão do primeiro turno, quando perdeu para o União Barbarense.
No ano seguinte, que marcou a véspera do acesso, Oscar e Sílvio seguiram no grupo, com o reforço, por exemplo, de Henrique, companheiro também em 1985. O Sapo ficou em segundo na primeira fase da Série C do Grupo Branco. Porém, na segunda fase, ao ficar em quarto lugar, foi eliminado.
Pois é. Toda essa construção de anos terminou nas mãos do grande regente, João Magoga. Foi ele quem dirigiu o time do começo ao fim em 1985 e está eternizado na história mogimiriana. Hoje residindo em Araçatuba, será um dos personagens da próxima e derradeira edição deste especial que produz aquela sensação de nostalgia até para quem não viveu tão glorioso momento. Parabéns, heróis. Vocês estão na nossa história!