sábado, novembro 23, 2024
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Os riscos da obesidade

Imagine ser rotulado no trabalho, na escola, nos serviços médicos e na comunidade em geral. Para além dos riscos de ter uma doença crônica, pessoas com obesidade lidam com essa questão, que já foi definida pela literatura médica como estigma do peso. Entre alguns desses indivíduos, os prejuízos físicos e psicológicos são tantos, que eles acabam não recebendo tratamento adequado. Conhecer o que se sabe atualmente sobre essa enfermidade pode mudar isso.

A OMS (Organização Mundial da Saúde) define a obesidade como o acúmulo de gordura no corpo capaz de fazer mal à saúde. A doença é considerada pandêmica, crônica e complexa, e se classifica em 2º lugar entre as causas de morte que poderiam ser prevenidas, perdendo apenas para o tabagismo.

No Brasil, dados preliminares do Vigitel 2020 —estratégia do Ministério da Saúde que monitora fatores de risco e proteção para doenças crônicas— mostraram que 57,5% da população adulta está com excesso de peso, e 21,5% dela está com obesidade (era 19,8%, em 2019).

O problema acomete homens e mulheres igualmente, inclusive na infância e na juventude, mas na hora de procurar por ajuda médica o grupo feminino sai na frente. Como a obesidade pode levar a outras e variadas doenças, o ideal é agir rápido para iniciar o tratamento. Ele é sempre personalizado e se fundamenta em mudanças de hábitos de vida (dieta, exercícios físicos etc.), apoio psicológico, medicamentos e, em último caso, intervenção cirúrgica.

Por que isso acontece? A obesidade decorre de um estilo de vida no qual se ingere muito alimento para pouca atividade física. Contudo, é preciso saber que esta enfermidade é multifatorial e está relacionada aos seguintes fatores: genética ambiente questões sociais insônia problemas endócrinos uso de determinados medicamentos (como antidepressivos, corticoides) acesso e consumo de alimentos ultraprocessados e ricos em açúcar excesso de bebidas alcoólicas.

E tem mais. O estilo de vida moderno está fazendo com que as pessoas percam a capacidade de entender a diferença entre o que é sentir fome e o que é estar saciado. O motivo é que muitas pessoas não dedicam tempo às refeições. Todos os dias elas são feitas diante da TV, do computador ou com o olho no celular. O grande desafio é mudar esse comportamento alimentar.

Quem precisa ficar mais atento? A obesidade pode acometer homens e mulheres em qualquer idade, mas também jovens e crianças. O que os médicos têm visto na prática é que fatores chamados de precipitantes, como a pandemia da covid-19, promoveu o aumento da doença na população em geral, inclusive na pediátrica.

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