Há anos, percebemos o crescente número de adolescentes sedentários, não só no Brasil, como mundialmente. No último estudo sobre o tema, divulgado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), em 2016, quatro em cada cinco adolescentes no planeta são sedentários.
Segundo a pesquisa, 81% dos jovens entre 11 e 17 anos, no mundo, não cumpriram a recomendação mínima de atividade física diária. O levantamento ainda detectou que as meninas sedentárias totalizam 85% e os meninos 78%.
Infelizmente, com a pandemia da Covid-19, esses dados são ainda mais alarmantes. Em outra pesquisa, realizada pela Universidade Federal de Minas Gerais, juntamente com a Fiocruz, o percentual de adolescentes e jovens que passaram a não fazer ao menos uma hora de atividade física em nenhum dia da semana, mais que dobrou após a pandemia.
Vale lembrar que, além da obesidade, que já seria motivo suficiente de preocupação à saúde dos adolescentes, o sedentarismo pode também desenvolver doenças como hipertensão, diabetes, problemas nas articulações, perda de massa óssea, entre inúmeras outras. Além disso, comportamentos como irritabilidade, mal humor, dificuldade de concentração e raciocínio podem ser apresentados por eles.
Em contrapartida, dentro de dezenas de benefícios da prática da atividade física, está a melhora do fluxo sanguíneo e do funcionamento cardiorrespiratório, melhora da oxigenação e força muscular, fortalecimento do sistema imunológico, aumento da estabilidade e mobilidade das articulações, favorecimento do equilíbrio e da postura corporal.
Pra todas as faixas etárias, o sedentarismo faz com que o organismo funcione de forma mais lenta, por isso, é importante também estimularmos nossos adolescentes a se movimentarem. Auxiliando-os a encontrar uma atividade que lhe deem prazer ou que ao menos aceitem praticar, pois, com o passar do tempo, eles mesmos sentirão os benefícios e farão disso um hábito em suas vidas. Opções de modalidades esportivas, danças, academias e clubes não faltam. Movimento é saúde!