sábado, novembro 23, 2024
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Ouro Preto II – Cidades históricas IV

Erika Rodrigues e Marcos Leandro

Como dissemos na coluna anterior, não dá para conhecer Ouro Preto em apenas um dia. É preciso mais. Hoje, falaremos de alguns outros pontos turísticos para quem não curte muito igrejas. Sugerimos como primeira parada o Mirante da Laje. Lá é possível ver toda Ouro Preto histórica. Observando de longe as íngremes ladeiras, começamos a entender como a vida econômica e social acontecia no auge do ouro. A vista é maravilhosa, estacionar é bem difícil. Mas vale o sacrifício.

Ouro Preto teve inúmeras minas, muitas ainda existentes, e algumas poucas abertas para visitação. Uma delas é a Mina Du Veloso. Localizada em uma comunidade, é administrada pelos próprios moradores do local e é muito bem cuidada. A parte aberta à visitação não é grande, mas suficiente para ver como era feita a extração, e principalmente em que condições isto acontecia. Dá medo. É escuro, estreito e o teto bem baixo. Não aconselhamos para quem tem claustrofobia ou mobilidade reduzida.

Outra mina, talvez a mais importante do período do ouro é a Mina do Chico Rei. Importante no aspecto extrativista e mais ainda pela história, já que Chico Rei, foi escravo, comprou sua alforria e tornou-se dono de mina. As condições de estrutura são as mesmas da Mina Du Veloso. O Museu da Inconfidência é parada obrigatória. Fica na Praça Tiradentes, onde supostamente seus membros foram pendurados em praça pública.

Lá você encontra muitos utensílios da época imperial, mobílias, roupas, mas principalmente um rico acervo inconfidente. É possível ver o original da sentença emanada pela rainha para Tiradentes. É cruel. Também no museu se encontra pedaços de madeira que podem ter pertencido a forca de Tiradentes, além de um memorial com os restos mortais dos principais inconfidentes. É sensacional para quem curte história como nós. E o prédio do museu, onde funcionou a cadeia pública no império, é de uma beleza ímpar.

Em Ouro Preto está o mais antigo teatro da América Latina ainda em funcionamento, inaugurado em 1770. Tem o formato de uma lira, o que se traduz em uma acústica belíssima. É fascinante. O camarote central pertencia tão somente à família real. Hoje, você pode sentar-se lá.

Mas existem mais museus, como o de Arte Sacra, de Oratórios, das Reduções, e muitas outras atrações, sejam culturais ou de aventuras. Agora, o que você não pode perder de jeito nenhum é o pôr do sol defronte à igreja N. S do Carmo. Não vou descrever… você precisa ver e sentir a energia!

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