Neste sábado, dia 5 de junho, celebramos o Dia Mundial do Meio Ambiente. Mas, realmente, temos motivos para comemorar algo? Há décadas estamos cientes de que a ação do homem, sobretudo após a primeira fase da Revolução Industrial, ocorrida por volta de 1760, lá na Inglaterra, causa danos irreparáveis ao nosso sistema ecológico.
Com o passar do tempo, se ampliou a distribuição de conhecimento sobre tal assunto, sendo recluso a uma parcela insignificante da comunidade global a ignorância a tal tema. E, claro, há os que sabem muito bem dos danos, mas querem mais é que o mundo pegue fogo. Literalmente…
A data foi escolhida porque, exatamente em 5 de junho de 1972, a ONU (Organização das Nações Unidas) realizou um dos eventos mais importantes sobre o tema, em Estocolmo, na Suécia. Mas, aqui no Brasil, ela cai em uma época que calha muito bem. Afinal, com a seca desta transição de outono para inverno, o registro de queimadas aumenta absurdamente. Por consequência, piora na qualidade de vida, sobretudo de quem já sofre com problemas respiratórios.
É o sinal mais evidente para nós de que está tudo errado. Mesmo assim, há quem prefira lavar as mãos. Ou pior, há quem prefira lucrar absurdamente com a destruição de um sistema que pertence a todos. O egoísmo e a ganância do homem têm contribuído para uma escalada sem precedentes no desmatamento de áreas de preservação ambiental e a floresta amazônica, um dos biomas mais importantes de toda a Terra, é uma vítima cada vez mais sem defesa de assassinos.
O mais triste é ver que investigações estão clareando cada vez mais que quem deveria cuidar do Meio Ambiente age exatamente para causar danos a ele. O ministro Ricardo Salles está com o cerco cada vez mais fechado e uma hora a boiada vai parar de passar. Mas e as consequências?
É lamentável que um governo eleito sob a premissa de combater a criminalidade siga traindo a confiança dos que nele depositaram fé, demonstrando não só apoiar ações criminosas, como chefiá-las. Pelo bem do Meio Ambiente e pela saúde nossa e das próximas gerações, que não haja “passada de pano” quando o assunto é encarcerar quem lucra com crimes contra a natureza e que possamos deixar de lado a mimada torcida por “A” ou “B” na política e combater quem destrói o que é de todos.
E tem outra coisa. Já que o bolso é a única “parte do corpo” que interessa aos luxuriosos ceifadores da vida verde, asfixie exatamente onde dói. Pesquise sobre as empresas que consome, veja se elas estão comprometidas com o meio ambiente, com causas que visam o bem coletivo e a defesa por nossa flora e fauna.
Por aqui, na região, temos vários empreendedores conectados a esta necessidade e um exemplo é a Visafértil, que mantém até uma parceria de reflorestamento com a nossa atleta Mirlene Picin. É isso. Se eles querem destruir o que é nosso para enriquecer o deles, serre o que é deles e invista em quem quer cuidar do que é de todos.