A partir de segunda-feira, funcionários da Etec Pedro Ferreira Alves e da Faculdade de Tecnologia (Fatec) Arthur de Azevedo entram em greve por tempo indeterminado. A paralisação foi confirmada na quinta-feira pelo Sindicato dos Trabalhadores do Centro Paula Souza (Sinteps), que organiza o movimento em unidades de todo o Estado de São Paulo. O início da greve em Mogi Mirim será marcado por uma passeata, que sairá em frente da Etec na segunda-feira, às 8h30, em direção ao prédio da Prefeitura, à Rua José Alves, no Centro.
De acordo com o sindicato, a Etec deve registrar 98% de adesão à greve, enquanto na Fatec essa porcentagem deve chegar perto de 75%. O motivo da greve é a cobrança por melhorias no plano de carreira dos professores, de acordo com a categoria, longe do ideal há muitos anos.
Além disso, desejam a criação de novos benefícios, como auxílio alimentação e vale-transporte, além de sistema de progressão nas unidades. “A greve está confirmada, os alunos já foram avisados e estão sabendo do motivo, estamos passando uma carta aberta para eles. Ela (a greve) é justa e todos conseguem entender”, frisou Rafael dos Santos Macedo, diretor regional do sindicato.
O motivo da passeata, além de mostrar todo o descontentamento com o governo, é chamar a atenção da Prefeitura para que atue como um elo junto ao governo do Estado na cobrança de providências. Para isso, líderes do movimento devem entregar ao prefeito Gustavo Stupp (PDT) uma carta aberta explicando os motivos da paralisação e detalhando toda a negociação com o governo antes da decisão pela greve.
Um ofício já foi enviado à Polícia Militar para que haja escolta durante o trajeto. A expectativa é que além de professores e funcionários, alunos, sobretudo da Etec, participem da passeata. No ano passado, os estudantes compareceram em grande número para protestar.
Reclamação
O sindicato que representa os professores alega que existe a promessa de reforma do plano de carreira pelo governo desde 2004 para os docentes e desde 1998 para os funcionários. O sindicato alega que houve várias negociações em 2013 e que após um entendimento, o governo precisaria enviar o projeto à Assembleia Legislativa para que o acordo entrasse em vigor, o que não ocorreu.
Na Etec, a estrutura encontrada na escola também seria outro ponto de reclamação por parte dos professores. No ano passado a cozinha e o refeitório da escola apresentaram problemas de rachadura, o que gerou insatisfação. A reforma do local foi providenciada, assim como do telhado e da oficina mecânica. Outra reclamação dos docentes se refere a problemas em computadores nos laboratórios de informática.