Mogi Mirim reagiu aos atos de violência doméstica, tendo dois feminicídios registrados em novembro, com uma passeata realizada na manhã de domingo (1º). O ato de combate e conscientização da violência contra a mulher reuniu mais de 100 pessoas na Praça Rui Barbosa, Centro da cidade.
A manifestação partiu da praça da Igreja Matriz, por volta das 9h, até o Espaço Cidadão, pela Rua Conde de Parnaíba.
Familiares e amigos de vítimas de feminicídios e outros manifestantes vestiram camisas pretas, levando nas mãos flores brancas, balões brancos e cartazes em protesto aos assassinatos de Genézia Maria de Souza e Mariana Mafei, mortas por ex-companheiros, e de dona Ermelinda, uma idosa de 82 anos, morta pelo genro.
Os nomes das vítimas foram lembrados durante o trajeto.
“Essas mulheres não morreram sozinhas. Elas levaram filhos, pais, parentes que ficaram com a dor da perda delas”, disse o policial civil e vereadora Sonia Módena, organizadora do ato.
Segundo ela, o Brasil é o quinto país no mundo que mais violento para mulheres. São registrados 13 assassinatos todos os dias. E a cada duas horas uma mulher é estuprada no Brasil.
A delegada Judite de Oliveira, secretária de Segurança de Mogi Guaçu, também participou da manifestação. Assim como a filha da Genézia, Rafaela, também atacada pelo ex-padrasto que está preso.
Em memória às vítimas recentes de feminicídio de Mogi Mirim foi feito um minuto de silêncio e foram depositadas flores sobre cartazes e faixas e soltados os balões.
(Fotos: Divulgação)