Uma passeata em direção à Prefeitura na manhã de segunda-feira abriu a greve na Etec Pedro Ferreira Alves, de Mogi Mirim. Cerca de 50 pessoas, entre professores, funcionários e alunos marcharam rumo ao prédio do Executivo, localizado à Rua Dr. José Alves, no Centro. O trajeto contou com escolta da Polícia Militar e pacífico, cobrou melhorias do plano de carreira dos professores, principal reivindicação para a greve, deflagrada em unidades da Etec de todo o Estado. A paralisação permanece por tempo indeterminado.
Segundo o Sindicato dos Trabalhadores do Centro Paula Souza (Sinteps), a adesão de professores da Etec é perto de 100%. Já na Faculdade de Tecnologia (Fatec) Arthur de Azevedo, a greve foi aderida de forma parcial na manhã desta terça-feira, segundo o sindicato, mas a paralisação não compreende todo o corpo docente da instituição.
Uma das cobranças dentro do plano de carreira pedidas pelos professores trata sobre a progressão horizontal. O sistema, uma elevação no cargo dentro da própria instituição, que deveria ser realizado de dois em dois anos, não vem sendo acatado, de acordo com os grevistas.

O grupo de funcionários e professores se concentrou em frente à Etec na segunda-feira por volta das 8h30. Munidos de faixas e cartazes que cobravam o governo do Estado de São Paulo, saíram em caminhada da sede da escola até a Prefeitura. Durante o percurso, ruas foram bloqueadas para a passagem do grupo, que ao chegar à Prefeitura, cobrou a presença do prefeito Gustavo Stupp (PDT).
Como forma de protesto, sentaram no asfalto e, desta vez, além de críticas ao governo, entoavam cânticos contra Gustavo Stupp. “Fica parado não muda não, quero ter ver aqui no meio do povão” era um dos cantos entoados pelo grupo.
Alguns usavam narizes de palhaço e chegaram a pintar os rostos com as cores da bandeira do Brasil.
Uma comissão, com representantes de alunos, professores e funcionários da Etec e do sindicato, se reuniu com a chefe de gabinete e o secretário de relações institucionais da Prefeitura para apresentar os motivos da greve, encontro que teve duração de pouco mais de 15 minutos. Em troca, receberam a promessa de que um ofício em nome da Prefeitura será encaminhado ao governo de São Paulo cobrando melhorias para a categoria.
Tempo
Professores ouvidos pela reportagem relataram que a Etec permanecerá sem aulas até que um acordo entre o sindicato da categoria e o governo estadual seja sacramentado, discurso reforçado por membros do sindicato. “A greve está deflagrada e os professores só devem voltar depois que negociarmos”, esclareceu Rafael dos Santos Macedo, diretor regional do sindicato.