Na parte 1 desta série, que conta as histórias de pescarias do famoso contador de causos mogimiriano, relembramos a anedota denominada “A Mãe dos Lambaris” e que ouvi quando Frederico magicamente apresentou às inúmeras pessoas que o assistiam no recinto do Bar do Bépe, ao lado da Praça Rui Barbosa. Já o causo de hoje intitula-se: O Relógio.
O Relógio
Este causo foi contado pelo Frederico por volta de 1948 e considero como uma obra-prima e de uma construção imaginativa sem precedentes e digna de figurar nos melhores compêndios do folclore brasileiro. Vamos ler o que contou o Frederico.
“Era 5h quando eu e meu filho saímos de Mogi Mirim para pescar no Rio Mogi Guaçu. Depois de quase uma hora pedalando, chegamos a um ponto do rio que eu costumava manter cevado. Descar- regamos as varas, os ape- trechos e o embornal com lanches e água, preparado por minha mulher. Aquele dia não estava muito bom para pescar, fisgamos ao todo uns quinhentos pei- xes variados. A única coisa que me incomodava era meu relógio, que volta e meia enroscava na linha do anzol, dificultando a pescaria. Resolvi o problema tirando o relógio do braço e colocando-o num arbusto à beira da margem do rio”.
O Esquecimento
Continuou Frederico com sua história. “Já estava escurecendo, quando eu e meu filho resolvemos ir embora, pois havíamos fisgado tanto peixe que não tinha mais onde pôr e carregar. Pegamos nossas bicicletas e retornamos a Mogi Mirim. Estávamos quase chegando, quando lembrei do relógio que tinha deixado no arbusto. Voltamos, e já com a noite bastante escura, e com uma lanterna, começamos a procurar. Mas nada de encontrar meu querido relógio. Depois de quase uma hora de busca, resolvi deixar para o dia seguinte e com mais claridade poderíamos encontrar o relógio… ”. Na próxima sexta-feira eu conto o final dessa história, na parte 3 da série.
Preceitos BÍBLICOS
“Contemplando estes céus que plasmastes e formastes com dedos de artistas, vendo a lua e as estrelas brilhantes, perguntamos: Senhor, que é o homem, para dele vos lembrardes e o tratardes com tanto carinho? ” (Salmo 8).
TÚNEL do TEMPO
No dia 26 de outubro de 1874, Mogi Mirim recebeu a visita de sua Alteza Real, o príncipe Conde d’Eu, marido da Princesa Isabel. Todos os vereadores da Câmara Municipal foram saudá-lo em nome do município.
Livros – História de Mogi Mirim e Região
Mogi Mirim, nascida da bravura dos paulistas | 512 páginas e 42 fotos
A escravidão e o abolicionismo Regional | 278 páginas e 56 fotos
Memórias Mogimirianas | 260 páginas e 47 fotos
Pontos de venda em Mogi Mirim
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Por Nelson Patelli Filho – Escritor e historiador
Não é povo aquele que não cultua e venera suas glórias, suas personalidades, suas mais caras tradições” (Juvenal Sayon)