Quem gosta de arte pode conferir a estreia da peça Pra virar poesia, que estreia no próximo sábado, em Mogi Mirim. Escrita por Danilo Henrique Castro, com direção do ator e também diretor em formação Eder Marçal, da Cia. Vias de Ato, que são do município, a peça é um romance, mas diferente tanto na linguagem como na abordagem, tratando sobre amor em suas variadas configurações. Os convites para conferir a peça serão vendidos no Centro Cultural de Mogi Mirim a partir de segunda-feira. O valor do ingresso é R$ 10.
“É uma história de amor, mostra aquele momento que todo mundo já passou ou vai viver. A ideia é que todos assistam e se identifiquem com o momento em que nos apaixonamos na vida. Na peça, vamos ter várias configurações de casais, tanto LGBTs, como heterossexuais, homem mais velho com mulher mais nova, várias etnias (…). E todos esses casais interpretam Ma e Cris, que são personagens sem sexo. A proposta e é mostrar que amor é amor e não importa a configuração. O amor é um só”, explicou Danilo Henrique Castro, que escreveu o roteiro, e já foi aluno de Eder no passado.
“Danilo foi meu aluno na Rede Adolescente e é um prazer enorme ter a oportunidade de vê-lo nessa nova fase, mais maduro, mais consciente, com um texto incrível e trabalhando comigo”, frisou o diretor da peça, Eder.
Pra Virar Poesia é um roteiro que foi escrito por Danilo em 2012 com o objetivo de se transformar em um curta-metragem. Ele ainda não se transformou, mas estará no teatro no próximo sábado, após ter sua linguagem adaptada.
“A linguagem do teatro é diferente, a emoção do público tem que ocorrer por meio da fala, da ação do ator. Na televisão e no cinema, tem recursos como enquadramentos, cortes, músicas. São diferentes linguagens”, explicou.
Em relação à fala dos personagens, Danilo ressaltou que a peça visa mesclar a linguagem mais erudita com a atual. Como assim? É que utilizam vários trechos da obra Romeu e Julieta, de Shakespeare, durante o espetáculo, aliado aos diálogos atuais, que são usados pelos jovens de hoje em dia. “Mostra a história de um único casal, em vários formatos, como se fosse Romeu e Julieta, mas numa linguagem mais moderna e mais erudita para levar um pouco do clássico. A ideia é realmente causar um estranhamento para muitos e levar o clássico”, disse.
Produção
Eder Marçal, que dirige a peça, disse que vários pontos são trabalhados antes da estreia de um espetáculo e que Pra Virar Poesia contou com itens que vão desde a preparação dos atores até a forma linguística, por exemplo. “Como professor cabia a missão de elaborar tarefas que levassem os integrantes da companhia a frutificarem seus talentos e potencialidades em sala de aula, dando a eles espaços para se expressarem, planejarem, observarem e desenvolverem o senso crítico acerca do seu próprio fazer teatral”, explicou.
Insistir, sempre
Desde 2012, Danilo Henrique Castro esperava para tirar o roteiro do papel. Os anos passaram, ele mudou de vida, de cidade, de cidade de novo, enfim. Tudo se transformou, mas agora, finalmente, cinco anos depois, Pra Virar Poesia saiu do papel e foi para o palco. O que era um sonho se transformou em realidade por meio da parceria com a Companhia Teatral Vias de Ato, que nasceu em 2010.
“Tudo dá para ser. O importante é ser persistente e estar aberto às novas possibilidades. Eu queria muito ter feito o curta em 2012, mas não deu, agora não é o curta, mas a peça, e vai acontecer. Esse tempo de espera às vezes é bom, a gente vai refinando os projetos e uma hora eles acontecem. Não podemos desanimar. E eu estou muito feliz com a parceria com o Eder, um querido e talentosíssimo. A primeira fez que pisei num palco foi por incentivo dele”, finalizou.
Mais detalhes na página do evento no Facebook: Pra virar poesia – a peça
Elenco:
Biiah Biazotto
Bruno Venancio
Julia Gabrielle
Paulo Salmaci
Maria Adélia
João Pedro Fuzari
Tati Ludgero
Juliana Sia Gonçalves
Gabrielle da Cunha
Gustavo Canato
Leonardo Castro
Nicholas Dantas Lopes
Equipe Técnica:
Iluminação e Sonoplastia: Pedro Furigo
Maquiagem: Paola Mantovani
Figurino: Ananda Leticia
Cenario: Bruno Carpanelli
Participação Musical: Jhonatam Martins
Apoio: Hélio Dragoni
Apoio Cultural: Alexandre Fotografia, Pako Huberts e Coletivo HBOflix.
