O POPULAR teve acesso nesta semana ao laudo necroscópico emitido pelo Instituto de Criminalística de Mogi Guaçu, sobre a morte do professor de Geografia, Pedro Benedicto Dal Rio, de 77 anos, morto no dia 11 de março. Segundo o documento, a causa do óbito foi estrangulamento, e não os ferimentos que ele sofreu na cabeça e no tórax, como se cogitava inicialmente.
Apesar da informação nova, a Polícia Civil segue nas investigações do caso, e segundo o delegado Paulo Roberto Agostinete, ainda não há sinalização de qual teria sido a motivação para o assassinato. Pessoas ligadas à vítima já foram ouvidas, objetos encontrados na casa, recolhidos, e peritos removeram ainda, amostras de sangue para identificação de suspeitos por DNA.
A polícia aguarda um laudo complementar de um exame anatomopatológico para identificar possíveis substâncias presentes no corpo da vítima. Outra indefinição no caso é como os assassinos entraram no local, já que não há confirmação se eles pularam o muro do imóvel vizinho e acessaram a casa pelo telhado, ou se entraram pela porta da frente, que foi encontrada destrancada pela polícia.

O professor foi encontrado morto no dia 14 de março na casa onde morava, à Rua Dr. Ulhôa Cintra, no Centro, após cerca de três dias de seu assassinato. Inicialmente, a Polícia Civil cogitou a possibilidade de o crime ter sido um latrocínio, que é roubo seguido de morte, mas agora a hipótese é que tenha havido um homicídio no local.
A primeira suspeita de latrocínio se deu com a informação de que a vítima teria dinheiro em casa, o que agora foi descartado pela polícia, já que familiares ouvidos pelos investigadores e delegado disseram que Dal Rio não tinha o costume de guardar dinheiro em casa, justamente por morar sozinho. Objetos como chinelos e bonés foram encontrados na cena do crime e podem ajudar na elucidação do caso.
Autoridades policiais que estiveram no local do crime afirmam que havia pelo menos duas perfurações na vítima, uma no lado esquerdo do tórax e outra na parte de trás do pescoço. No interior do imóvel, havia notas de dinheiro espalhadas pelo chão e muitos objetos revirados. A cena do crime indica ainda que houve luta corporal, já que há sangue na parede de dois quartos, na cozinha e em um escritório.