A simplicidade vira dificuldade em pontos de ônibus de Mogi Mirim. Para inúmeros usuários do transporte coletivo que utilizam os veículos quase que diariamente, pegar uma condução parece simples. Mas para outra parte, chegar a seu destino requer muita atenção antes mesmo de subir as escadarias dos ônibus. Isso porque alguns pontos em Mogi Mirim não possuem indicação para quais linhas o veículo irá. Em outras onde existem placas indicativas, algumas linhas são repetidas, o que confunde a cabeça dos usuários.
A reportagem presenciou a falta de aviso em pontos espalhados pela cidade. Um deles está localizado à Rua Ulhôa Cintra, que reúne diversos pontos de ônibus e locais de movimento intenso, principalmente de segunda a sexta-feira. Na esquina da via com a Rua Ministro Firmino Whitaker não existem placas de indicação alguma. Facilidade existe apenas para aqueles usuários que já estão acostumados a pegar a condução.
Para o usuário que utiliza o transporte raramente, é um desafio. Pouco abaixo dali, outro ponto de ônibus passa por reformas. A placa indicativa das linhas estava estendida no chão na tarde de quinta-feira. Em ambos os pontos, os usuários aguardavam a chegada do ônibus do outro lado da rua, devido ao forte sol. As coberturas nos pontos não conseguem proteger o grande número de pessoas.
No Complexo Esportivo José Geraldo Franco Ortiz, próximo ao campo de futebol, um ponto de ônibus até possui uma placa indicativa instalada no local. O problema é que nenhuma linha de ônibus está escrita na placa. Só aparece o número 0. A mesma cena é vista em um ponto logo na estrada que dá acesso à Martim Francisco e o Jardim Planalto.
Indicações podem confundir usuários
Ainda à Rua Ulhôa Cintra, pouco abaixo do Bar do Zito, existem três pontos em sequência, um deles resultado da transferência do antigo ponto instalado à Rua Conde de Parnaíba. Em mais uma cena curiosa, duas placas indicativas mostram a mesma linha de ônibus, a 3, embora uma leve para a zona Leste e outra para a zona Norte.
“Eu percebo que muita gente se perde, tem gente que pega o ônibus no ponto de baixo, mas ele só passa no ponto de cima”, contou Maria Aparecida Rosário de Assis, que aguardava em um dos pontos.
“Têm pessoas que ficam perguntando para os motoristas, se confundem. Outra coisa é que aqui é muito sol, tem cobertura, mas não resolve”, reclamou Paula Moretto, mais uma usuária do circular.
Procurada, a Viação Santa Cruz não se posicionou sobre o problema em algumas linhas de ônibus até o fechamento desta edição.
A ausência de um miniterminal, que teve o projeto de construção no Centro da cidade suspenso pela Prefeitura, é outro motivo de reclamação. “Deveria haver um miniterminal igual em Mogi Guaçu. Aqui o pessoal fica tudo esperando na rua”, comentou Sueli Roberto, que também aguardava em um ponto de ônibus no Centro.