Os últimos atos de violência registrados em Mogi Mirim no mês de março, que colocaram a cidade em evidência nacional, mas de forma negativa, foram condenados na tarde do último sábado. Cerca de 70 pessoas, vestidas de branco, partiram em passeata por parte do Complexo Esportivo José Geraldo Franco Ortiz, o Lavapés, na intitulada Caminhada pela Paz, ato que serviu para pedir uma cidade mais pacífica e sem violência.
O movimento foi articulado pelas redes sociais em virtude dos últimos atos de violência em Mogi. O mês de março foi marcado por dois crimes passionais, um assassinato e acidentes no trânsito. Além disso, ofensas raciais ao jogador Arouca, logo após o fim da partida entre Mogi Mirim e Santos pelo Campeonato Paulista, no Estádio Romildo Vitor Gomes Ferreira, mancharam a imagem da cidade.
O grupo se reuniu por volta das 16h em frente ao espaço onde fica a Academia ao Ar Livre. Ali, famílias inteiras, a maioria constituída por crianças e mulheres, além de adultos, idosos e adolescentes, se reuniram com faixas, cartazes e camisas brancas, em cenário que nem de perto lembrava os últimos casos de violência na cidade. Faixas pedindo paz, respeito, tolerância e amor podiam ser vistas pelo público. Muitos munícipes que compareceram ao Zerão aplaudiram a manifestação.
Após o discurso de um dos organizadores do evento, o advogado Tiago Costa, o grupo partiu em caminhada por parte do Lavapés, em trajeto acompanhado por homens da Guarda Municipal. O trânsito não foi bloqueado e a caminhada foi realizada em parte da ciclofaixa no Zerão. “O recado foi dado e é importante ter uma iniciativa assim, a caminhada foi de encontro ao cenário atual que acontece no país. Refletiu o porquê de todos estarem ali”, destacou Costa.