O pedido por melhorias de motoristas de vans escolares de Mogi Mirim parece não ter tocado a Prefeitura. A pouco mais de duas semanas do retorno das aulas e o transporte diário de inúmeros alunos em diversos pontos da cidade, medidas que ajudem a situação dos profissionais da categoria não foram adotadas e 2014 começa como terminou 2013: sem providências.
Os perueiros manifestaram-se pela primeira vez em novembro do ano passado, quando na segunda quinzena do mês, promoveram uma carreata seguida de um buzinaço pelas principais ruas do Centro, com a presença de 20 veículos. Na pauta de melhorias o grupo pedia a regulamentação da profissão em Mogi, reforma e colocação de faixas de embarque e desembarque na portas de escolas, diminuição no valor das vistorias, realizadas anualmente tanto no município, como em Mogi Guaçu, e ainda a criação de uma lei para a circulação dos veículos.
Na ocasião, o grupo compareceu também à Câmara dos Vereadores, quando um porta voz dos motoristas participou de uma tribuna livre, onde expôs a situação e requisitou o desejo dos profissionais.
Só que depois disso e mesmo com a promessa de que providências seriam tomadas, nada aconteceu. “Vai começar as aulas e tudo está do mesmo jeito, sem resolver nada, estamos esperando mudanças. Está difícil, vamos ver o que será resolvido”, disse, em tom de preocupação, Edgard José Pires Ávila, presidente da Associação dos Condutores de Transporte Escolar de Mogi Mirim e da Baixa Mogiana.
Em porta de escolas é fácil notar pontos de embarque e desembarque sem pintura, tomados pela sujeira e de difícil acesso. Outros motoristas que param os carros em cima ou próximo das faixas torna-se mais um empecilho para os perueiros.
“Nós do transporte estamos esquecidos e faz tempo, o pessoal da Prefeitura não enxerga, não dá uma assistência como deveria dar”, lamentou Edgar, que em média transporta entre 40 a 45 alunos por dia, número que varia de motorista para motorista.
Preço
As vistorias nos quais os motoristas são obrigados a fazer, no total, quatro ao ano, são realizadas tanto no Ciretran de Mogi Mirim como em Mogi Guaçu. Nas duas cidades, o preço varia entre R$ 106 e R$ 170, considerado alto por eles, que comparam com a taxa cobrada pela Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas (Emdec), que custa R$ 38. Caso a vistoria não seja feita, os motoristas correm o risco de terem seus veículos apreendidos.
Edgard afirma que em novembro, quando compareceu à Câmara, o presidente do Legislativo Benedito José do Couto (PV) havia prometido uma reunião do grupo com o prefeito Gustavo Stupp (PDT), o que até o momento não aconteceu. A expectativa é de que o encontro seja na próxima semana.
O que os motoristas de vans pedem?
– regulamentação da profissão em Mogi Mirim
– reforma e colocação de faixas de embarque e desembarque na portas de escolas
– diminuição no valor das vistorias realizadas na cidade e em Mogi Guaçu
– criação de uma lei para a circulação dos veículos