A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) divulgou na terça-feira o levantamento semanal em que as cidades de Mogi Mirim, Mogi Guaçu, Itapira e Campinas estão inseridas. A pesquisa envolve outras oito cidades: Americana, Amparo, Hortolândia, Indaiatuba, Paulínia, Sumaré, Valinhos e Vinhedo e revela que Itapira, Mogi Mirim e Campinas têm os litros de gasolina mais caros, dentre as pesquisadas na última semana.
O levantamento, que foi realizada no período de 1° a 7 de fevereiro, consultou 14 postos de combustíveis em Mogi Mirim, 18 em Mogi Guaçu, 10 em Itapira e 65 em Campinas. Excluindo a cidade de Campinas, Itapira tem o preço da gasolina mais caro, com o preço médio do litro de R$ 3,04. Em seguida vem Mogi Mirim (R$ 2,93) e Mogi Guaçu (R$ 2,91). Para o etanol, ocorre a mesma ordem de preço entre as cidades.
O custo da gasolina nos postos que fizeram parte do levantamento em Mogi varia de R$ 2,68 a R$ 3,29 e o etanol teve o preço de R$ 1,77 como mais baixo e R$ 2,09 como o mais alto dentre os pesquisados. Outros estabelecimentos, não incluídos na pesquisa, podem comercializar os produtos com preços maiores ou menores.
Paulo Cocciadiferro, proprietário do Autoposto 10, localizado na Praça Francisco Alves, no Centro, classifica o alto preço dos combustíveis aos vários impostos cobrados pelo governo. “Estou pagando hoje, R$ 2,71 pelo litro da gasolina que vem pra mim direto da refinaria. Sendo que, o que custaria R$ 1, sai de lá (refinaria) com um monte de impostos até chegar aqui pra mim”, disse.
No mês passado, o valor da gasolina adquirida pelo posto, custava R$ 2,46, ou seja, em menos de 30 dias, o valor do combustível subiu 9%. “Não tem jeito, temos que passar o preço para o consumidor”, completou Paulo. E a confirmação disso já está nas bombas: R$ 2,99 pelo litro da gasolina e R$ 1,99 pelo álcool.
A alta carga tributária, aliada à venda dos produtos a prazo, também colabora com as dificuldades das empresas do setor. “Se vende no cartão de crédito, só vou receber daqui 45 dias, enquanto que o fornecedor dá um prazo de 10 (dias) para pagar. Assim eu perco o capital de giro. Por isso que tem muito posto quebrando ou adulterando os combustíveis”, opinou.