A Escola Estadual Professora Dra. Altair de Fátima Furigo Polettini, que fica localizada no bairro Jardim Maria Bonati Bordignon, em Mogi Mirim, realizou nos últimos dois dias a segunda edição da Feira Literária e Cultural, chamada Flec. Neste ano, a proposta foi proporcionar aos alunos uma viagem pelo mundo das décadas por meio das músicas brasileiras, dos anos 1920 até 1980. Durante a quinta-feira, os estudantes apresentaram seus números artísticos e ontem, além da escola estar aberta à população, também participaram do evento grupos da sociedade que estiveram no local dialogando sobre diversos temas.
A Flec possibilitou aos alunos saber mais sobre os movimentos que ocorreram durante as décadas, pois para comporem suas exposições que decoraram as salas de aula abertas ao público, eles precisaram pesquisar bastante. Teve grupo que falou sobre a Carmen Miranda até àqueles que abordaram as músicas de protesto.
Isabella Safra, do 2° ano do Ensino Médio, participou do grupo que tratou sobre a Carmen Miranda. Em sua visão, eventos como o realizado, ajudam na integração dos alunos. “Esse é o segundo ano que estamos fazendo a feira e acho muito bom para unir a escola, apesar da competição. Também aprendemos mais sobre cultura e isso é muito importante para o aprendizado. Escolhemos a Carmen Miranda para representar os anos 1930 e montamos nossa sala como se fosse um cabaré, que é onde ela cantava no início de sua carreira”, pontuou a estudante.
Além de incentivar o conhecimento e a união das salas, a Flec também incentiva as potencialidades de cada aluno e proporciona a possibilidade de experimentar outras expressões artísticas. Cabe a cada um sentir-se livre para participar.
“Esse ano, o evento foi focado em música dos anos 1920 e 1980. As décadas foram divididas por sala e cada uma representou uma década. As atividades valem nota e eles estão sendo avaliados pela pesquisa e pelo júri. Quem gosta de teatro tinha possibilidade de fazer, quem gosta de música também, quem não gosta, pôde confeccionar os cartazes para decorar as salas. Posso dizer que 90% dos alunos se envolveram no projeto. Ficamos o mês de agosto inteiro na preparação e o que ajuda muito é que o corpo docente é muito unido”, disse a professora da Sala de Leitura, Cássia Regina Della Torre Menezello, que também frisou a participação especial da vice-diretora da Escola da Família, Luiza Fany Desoti.
“O que é a gente percebe é muito envolvimento mesmo e na medida do possível tentamos providenciar tudo o que eles pediam para elaborar seus projetos. A comunidade também se envolveu bastante, inclusive com empréstimo de antiguidades. Esse ano emprestaram discos, telefones, vitrolas e até toca-discos”, finalizou a vice-diretora, Daniela Ferreira Corsini Del Passo.
“Há três anos eu venho lutando pela cultura nas escolas e dava para notar que os alunos estavam muito empenhados. Para produzir as apresentações eles precisavam saber de onde os assuntos vieram e a oportunidade que tiveram, eles abraçaram. Mesmo achando que estavam brincando, eles vão levar o conhecimento para sempre”, finalizou a analista sociocultural da Diretoria de Ensino de Mogi Mirim e que foi júri do evento, Gleiciane Tarossi.
Fotos: Divulgação