Final de ano e lixo por todos os lados da cidade, cena corriqueira em diversos locais, nos quais parte da população acaba por não cumprir o calendário de coleta de galhos e entulhos e a depositar sujeira e, em muitos casos, até móveis sobre as calçadas que passam dias à espera do caminhão da limpeza. No entanto, apesar do acúmulo de lixo ser intensificado nesse período do ano, o problema faz parte do cotidiano da cidade, pois muitos munícipes não seguem o cronograma também ao longo do ano.
Para 2014, a Prefeitura já divulgou o cronograma de coleta que em breve também será entregue à população. No entanto, mesmo sem os munícipes cumprirem os prazos para o descarte nenhuma alteração será realizada na estratégia dos serviços, já que a coleta continuará a ser realizada por meio da divisão da cidade em quatro setores.
Neste formato, o caminhão passa apenas uma vez ao mês em cada bairro e muitos moradores acabam depositando a sujeira nas ruas. Com o novo calendário a coleta será iniciada no dia seis de janeiro pelo setor 1, que envolve bairros como o Mirante e o Linda Chaib.
Nos últimos dias, para minimizar esse problema, uma indicação da vereadora Luzia Cristina Côrtez Nogueira (PSB) entrou em pauta. Ela sugere ao Executivo que a cidade seja organizada em cinco áreas, assim o caminhão poderia passar uma vez a cada semana em cada local. Com a alteração, o lixo não ficaria por tanto tempo exposto, mas de acordo com a gerência de Limpeza Pública a indicação ainda será analisada.
No entanto, apesar da falta de consciência da população é preciso considerar que o problema é de mão dupla, pois se de um lado os munícipes não tem consciência ambiental de outro também falta constância nos serviços oferecidos pela Prefeitura. Neste ano, diversas foram as denúncias envolvendo a falta de limpeza urbana por conta do atraso na coleta.
Projeto de Compostagem
Na sexta-feira, será o último dia da realização do Projeto Piloto de Compostagem de Resíduos Orgânicos, que em etapa teste foi realizado no Jardim Paulista e Silvania. Durante três meses, a população recebeu sacos compostáveis, lixeiras e informativos para passar a fazer a separação dos resíduos orgânicos.
O projeto está sendo realizado pela Prefeitura, Basf, Visafértil, Construrban, Romapack e Inambi e tem como objetivo, após fechar a semana, gerar cerca de 240 toneladas de resíduos orgânicos para transformá-los em 120 toneladas de adubo para plantas a serem utilizados em escolas e praças da cidade.
Com a fase de teste chegando ao fim, o material coletado será transformado em adubo pela Visafértil e após caberá a Prefeitura verificar se há viabilidade de implantar o sistema em toda a cidade.
“Nós queremos mostrar que é possível por meio de dados científicos, depois é a Prefeitura que vai verificar se é possível ser feito. Queremos mostrar que o resíduo doméstico não precisa de aterro e nem ser queimado”, destacou o diretor da empresa, Ulisses Girardi.