Há 75 anos, em 1941, o Automóvel Clube do Brasil organizou uma grande prova automobilística, com uma extensão em torno de setecentos quilômetros, iniciando na cidade do Rio de Janeiro e finalizando em Poços de Caldas, após percorrer dezenas de cidades nos Estados do Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais. O evento tinha o nome de “Prova Automobilística Getúlio Vargas”.
Mogi Mirim estava no roteiro da prova automobilística e era um dos pontos de cronometragem e fiscalização da corrida. Foi nomeada a comissão organizadora, tendo como presidente Luiz de Amoedo Campos e como membros Alcindo Barbosa, Dr. Edgard Netto de Araújo, Antonio André (Moreno), Ederaldo Silveira Bueno e Aprígio Gonçalves da Silveira. Cronometristas: José Martinelli, Amadeu Ricci e José Manoel de Campos Camargo. Comissão de apoio: Prefeito Ataliba da Silveira Franco, Dr. Lúcio Cintra do Prado, Benedito Vaz e Francisco Piccolomini. A segurança estava a cargo do Sargento Bahia, do Tiro de Guerra local, que comandava um grupo de 50 atiradores.
O Automóvel Clube do Brasil, em conjunto com a Comissão Organizadora de Mogi Mirim, estabeleceu o seguinte percurso pela cidade: na vinda dos carros, Rua Coronel Guedes, Praça Dr. Ademar de Barros (atual Praça Rui Barbosa), Rua José Bonifácio, Praça Dr. Francisco Alves dos Santos e rumando para Mogi Guaçu pela Rua do Tucura. Na volta, os carros passariam pela estrada Poços de Caldas a Mogi Mirim, entrando em Mogi Guaçu e depois em Mogi Mirim pela Praça Dr. Francisco Alves dos Santos, depois de percorrer a Rua do Tucura, Rua José Bonifácio, Praça Dr. Ademar de Barros e Rua Padre Roque, e estrada de rodagem com destino à Campinas. Na época, foi a maior prova de autos no Brasil!
A inscrição de dois pilotos mogimirianos
Inscreveram-se na “Prova Automobilística Getúlio Vargas” dois pilotos de Mogi Mirim: José Mendonça e Walter Bianchi, patrocinados pela Prefeitura e o comércio local. Seu carro era um Ford V-8, ano 1934 e que foi oferecido pelo comerciante Miguel Bittar. O veículo passou por revisões e adaptações na oficina de Antonio André (Moreno).
O acompanhante de José Mendonça era o jovem Walter Bianchi, filho de Roberto Bianchi, mecânico mogimiriano.
A partida
A corrida foi iniciada na manhã do dia 22 de junho de 1941, partindo do Rio de Janeiro e com destino a Poços de Caldas, de onde retornaria para o ponto de chegada, no Rio de Janeiro. Oitenta e seis carros estavam inscritos e às oito horas foi dado o tiro de partida. Numa grande performance, o Ford V-8 de José Mendonça e Walter Bianchi largou em quarto lugar, numa posição que manteve por muitos quilômetros. Nas proximidades da cidade de Entre Rios, infelizmente, os dois pilotos mogimirianos tiveram que abandonar a corrida, pois fundiram os três mancais do centro do carro número 44. Depois da fulminante largada e o impressionante 4º lugar entre os 86 carros disputantes, José Mendonça e Walter Bianchi tiveram que desistir por razões mecânicas!
Ao voltar para Mogi Mirim foram recebidos pela população com verdadeiros heróis e aplaudidos por centenas de pessoas. A corrida foi vencida pelo carro nº 30, dirigido pelo piloto argentino Juan Manuel Fangio e que tempos depois tornou-se campeão mundial de automobilismo!
Túnel do Tempo
Durante o baile Noite do Bolero, realizado em 1952, no Clube Recreativo, foi eleita Rainha da Chita a jovem Maria Luiza Azzolini, filha do Sr. Guercino Azzolini, chefe do Posto Fiscal de Mogi Mirim.
Preceitos Bíblicos
“Bendirei o Senhor Deus em todo o tempo. Seu louvor estará sempre em minha boca. Minha alma se gloria ao Senhor e que ouçam os humildes e se alegrem. Todas as vezes que o busquei ele me ouviu e de todos os temores me livrou!” (Salmo 33).
Legenda da foto – Em 1941, o Automóvel Clube do Brasil organizou a maior corrida de automóveis na América do Sul, a Prova Automobilística Getúlio Vargas, com um total de 86 carros. Dois pilotos mogimirianos participaram: José Mendonça e o jovem Walter Bianchi, dirigindo o Ford V-8, ano 1934. Na foto, o carro ladeado pelos pilotos Walter Bianchi (à esquerda) e José Mendonça. Aparecem ainda o prefeito Ataliba da Silveira Franco, o jornalista Francisco Piccolomini, o juiz de direito Dr. Lúcio Cintra do Prado, o médico Dr. Marcilio Pazinatto e Orlando Bronzatto (Pitanca), o último à direita.