quinta-feira, novembro 21, 2024
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Planilha de valores finalmente aparece

A administração municipal perdeu mais uma queda de braço com o poder Legislativo nesta semana. Após ser pressionado pela vereadora Luzia Cristina Côrtes Nogueira (PSB), que cobrava uma resposta sobre os contratos com a Viação Santa Cruz, o presidente da Câmara, Benedito José do Couto, o Dito da Farmácia (PV), foi obrigado a tomar alguma atitude por conta da Prefeitura não oferecer nenhuma resposta a um requerimento, recebido somente agora, após quase seis meses.

A resposta veio na quarta-feira, no Gabinete do Prefeito, em que Gustavo Stupp (PDT) entregou a Dito todas as páginas com os custos que justificariam o aumento da tarifa. No entanto, não foi feita qualquer menção ao requerimento da vereadora oposicionista, mas sim da Frente Libertária Mogimiriana (FLM), grupo que pede desde 29 de junho a abertura das planilhas, para estudar o transporte gratuito.

Na segunda-feira, parte do grupo se concentrou por volta das 18h na Estação Educação, onde o prefeito se reuniria com agentes de saúde, traçando planos de melhoria para a categoria. Na saída, Stupp foi abordado pelas pessoas e novamente cobrado. Como resposta, o prefeito disse que até ontem os documentos estariam disponíveis.

No momento em que entregava as cópias ao presidente do legislativo, Stupp comentou a situação com a reportagem de O POPULAR. “Quero que agora eles estudem e tragam alternativas, desde que sejam legais”, declarou. Quanto à abordagem dos jovens ao sair da reunião, Stupp disse que foi necessário impor respeito. “Não foi uma situação complicada não, mas tive que impor respeito. Eu fui eleito prefeito e recebo qualquer um no meu gabinete, não precisava fazer emboscada”, disparou.

O pedido das cópias do contrato com a Viação Santa Cruz, empresa que opera o sistema de transporte coletivo na cidade, foi apresentado pela vereadora, em 15 de janeiro, e aprovado por unanimidade pelos vereadores na sessão do dia 4 de fevereiro. No entanto, um novo requerimento foi apresentado em 14 de abril, requisitando ações do Ministério Público (MP), já que nenhuma resposta havia sido informada.

A pressão que motivou uma cobrança mais firme da Câmara foi um ofício enviado por Luzia ao presidente Dito da Farmácia no início da semana passada, cobrando uma resposta da Prefeitura, que deveria ser feita em um prazo de 15 dias.

Segundo a Lei Orgânica do Município, após o término do prazo, o pedido passa a ser de responsabilidade do poder legislativo e caso não fosse feito, incorreria em crime de prevaricação, quando há a retardação e o não atendimento de forma intencional.

Atitude
O presidente Dito da Farmácia confirmou que após o ofício entregue pela vereadora Luzia, sua equipe de assessores solicitou verbalmente o que era requerido ao Gabinete.

Na tentativa de diminuir a fila de espera de requerimentos não respondidos, a presidência exigiu que todos os vereadores enviassem até ontem uma lista com o que ainda aguardam. Até quinta-feira, apenas quatro deles já haviam entregue os relatórios.

“Eu poderia ter cobrado (a resposta) sem o ofício, mas prefiro que seja tudo certinho, por escrito, até por isso pedimos que todos os outros vereadores nos ajudem com essas listas”, finalizou.

O que buscam nas planilhas?
Os motivos são diferentes. Enquanto a FLM pretende estudar uma forma de reduzir integralmente os custos, mantendo o transporte coletivo a custo zero, o Partido Socialista Brasileiro (PSB) não trabalha com uma só frente.

Segundo a assessoria da vereadora, em um primeiro momento o pedido se deu para que a fiscalização, que é um dos deveres do poder legislativo, pudesse ser realizada. Agora, devido a demora na resposta e o crescimento das desconfianças sobre o assunto, membros do partido devem se reunir e fazer uma análise minuciosa.

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