Policiais militares prenderam ontem de manhã, dois homens acusados de estelionato. Paulo César Oliveira Coelho, de 41 anos, e Josenilton Silva Cabral, de 28 anos, foram flagrados pelo sistema de monitoramento da Caixa Econômica Federal (CEF) tentando sacar dinheiro de correntistas, vítimas de golpe.
Segundo os policiais que fizeram a prisão da dupla por volta das 9h30, um chamado à central 190 informou sobre a presença dos suspeitos dentro da área de autoatendimento do CEF, da Rua Padre Roque. Os policiais se dirigiram para o banco e encontraram um dos homens em frente à agência e outro, próximo aos caixas eletrônicos.
“Inicialmente, eles disseram que eram de São Paulo e que estavam a pé, porque vieram a Mogi Mirim para comprar um carro. Nós desconfiamos dessa versão, até porque os profissionais da equipe de monitoramento do banco já tinham nos informados que a dupla era conhecida e, já há algum tempo, vinha sendo monitorada por aplicar golpes em correntistas da CEF”, contou um dos policiais que fez a prisão dos estelionatários.
Os policiais fizeram então uma vistoria na área próxima ao banco e encontrou o carro dos suspeitos: Um Fiesta prata, se São Paulo. O carro estava aberto, com a chave escondida no assoalho e R$ 3,5 mil no quebra sol.
“Só aí que eles informaram que o dinheiro era deles e que o carro estava no nome do próprio Paulo César Oliveira Coelho”, comentou um dos PMs.
Ainda segundo a polícia, somente no dia de ontem, os dois presos já tinham sido flagrados pelo sistema de monitoramento da CEF, supostamente, aplicando golpes em uma agência da cidade de Amparo, e na agência da Praça Floriano Peixoto, em Mogi Mirim.
O golpe
Os policiais militares conduziram os presos ao plantão policial de Mogi Mirim e, posteriormente, os encaminharam à Polícia Federal, em Campinas, por onde correrá o inquérito que irá apurar a atuação da dupla.
Segundo informações preliminares repassadas pelo sistema de monitoramento do banco, Paulo César Oliveira Coelho e Josenilton Silva Cabral fazem parte de uma quadrilha especializada em aplicar golpes em correntistas.
A quadrilha que vinha sendo monitorada há algum tempo e já era conhecida como “Quarteto Fantástico” seria composta por quatro membros, sendo que dois deles já tinham sido presos anteriormente.
O golpe funcionava da seguinte maneira: os estelionatários procuravam suas vítimas entre aqueles que tinham dificuldades para usar o caixa eletrônico. Eles ofereciam ajuda e, durante o contato com o correntista, conseguiam fazer com que a pessoa lhes revelasse a senha e furtavam o cartão dela. Para despistar a polícia, os golpistas não sacavam o dinheiro, de imediato. Eles transferiam o valor para a conta de uma outra vítima de golpe e, aí sim, efetuavam o saque.
O caso será investigado, em detalhes, pela Polícia Federal, que também deverá levantar o valor total já furtado pela quadrilha, que vinha atuando em diversas cidades do Estado de São Paulo, nos últimos tempos.