A Polícia Militar (PM) de Mogi Mirim retomou, na última semana, o trabalho de segurança nas dez escolas estaduais e privadas. A ação não era realizada desde meados do ano passado por conta do efetivo limitado e falta de viaturas. Em reunião na sede da PM, o capitão do 26º Batalhão, Luciano Peixoto, explicou que o trabalho foi resgatado no período da tarde e noite, das 15h às 23h, que coincide com os horários de entrada e saída dos alunos nas escolas.
A princípio, uma equipe da PM atua como ronda escolar, mas um outro grupo de policiais ainda deve integrar esse quadro até o mês de abril. De acordo com o capitão, ainda não há previsão para a chegada de nova frota. Além disso, oito carros da PM estão em conserto por problemas mecânicos.
Peixoto emprestou uma viatura da cidade de Holambra-SP para que a ronda escolar pudesse ser novamente colocada em prática. O projeto de policiamento escolar da PM é feito em parceria com a Guarda Civil Municipal (GCM) e a Polícia Civil. A ideia é que a policiais militares e guardas municipal se auxiliem durante as rondas. Para isso, um encontro com a secretária de Educação, Flávia Rossi, deve ser agendada em breve.
A reunião da PM foi acompanhada por professores, mediadores e diretores das escolas estaduais Coronel Venâncio, Monsenhor Nora, Rodrigues Alves, São Judas Tadeu, Ernani Cabucci, Peres Marques e Valério Strang, e ainda pela dirigente regional de ensino, Regina Navas.
Ações
Dentre as medidas, o capitão da PM pretende promover uma reunião, a cada dois ou três meses, nas escolas, e ainda fazer uma visita, semanal, para saber as peculiaridades de casa unidade. Outra ação é conhecer os alunos que fazem parte dos grêmios estudantis e saber o que eles entendem por segurança, bem como estabelecer uma relação mais próxima com os pais.
Os principais problemas, que geralmente ocorrem na entrada e saída das escolas, estão relacionados ao tráfico de drogas, agressão física, porte de arma branca e pequenos furtos, conforme informou um dos policiais que atua na ronda escolar e voluntário do Projeto Honra, cabo Jorge Antônio Negro.
Criado em 2012, o Projeto Honra funciona por intermédio de uma parceria entre a Prefeitura e a PM, oferecendo aulas de jiu-jítsu a alunos, com idade entre 8 e 12 anos, da rede pública de escolas municipais de diferentes regiões. Hoje, são atendidas gratuitamente 60 crianças.