segunda-feira, abril 21, 2025
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Pokémon Go: Além de caçar, jogo incentiva socialização e atividade física

Ainda não é possível afirmar se o jogo Pokémon Go, produzido pela Nintendo em parceria com a Niantic, vai continuar fazendo sucesso entre a população. Mas, que veio para movimentar as pessoas e alterou a rotina de muita gente: Ah, isso dá! Impossível quem não tenha notado a grande movimentação que o jogo proporciona: a Praça Rui Barbosa, no coração de Mogi Mirim, que não recebia muitos visitantes, virou point entre os jogadores. Em Mogi Guaçu, até a Praça da Capela ganhou mais público. De diversas idades, os jogadores, além de saírem de casa para ocuparem os espaços públicos, também aproveitam para reencontrar amigos e até familiares. E, pasmem, até para caminhar!

“Eu praticamente estou ‘descobrindo’ a Praça (Rui Barbosa) agora. Sempre assisti bastante Pokémon e estava todo mundo esperando o jogo chegar no Brasil porque foi adiado várias vezes”, disse Lucas Naliato, que tem 16 anos, e é de Mogi Mirim.

Lucas Naliato e seus amigos, Vinicius Miguel, 15 anos, Lucas Manera, 16, Marco Favoretto, 16, Pedro Cerruti, 17, e Maicon Soares, de 18, são alguns dos jogadores que passaram a frequentar a Rui Barbosa após a chegada do jogo ao Brasil. Após as aulas, os garotos sempre aproveitam para passar no novo point com o objetivo de caçar Pokémon.

Os jogadores explicaram que o local recebe muitas pessoas por conta de alguns detalhes: na praça há Pokestop (local onde é possível coletar itens para o jogo, como Pokébolas e ovos de Pokémon, por exemplo) e Ginásio (onde as batalhas entre os jogadores e seus Pokémons são travadas). Ou seja, para os jogadores, o local é essencial!

“Além de reunir jogadores, acaba ocorrendo a socialização e o pessoal também deixa de lado o sedentarismo porque sai de casa para jogar. As pessoas geralmente vêm em grupo e acabam reencontrando pessoas que já conhecem e até conhecem outras”, destacou Lupércio Martins, que tem 23 anos e mora em Mogi Guaçu.

“Acho o fato de sair de casa muito interessante, especialmente porque os jogos em computador ou videogame faz com que as pessoas fiquem muito tempo em casa e não saiam. E é exatamente o contrário”, disse Denápole Camargo, 23.

“Eu não cheguei a fazer novas amizades, mas encontrei pessoas que não que não via há uns cinco anos”, disse Michel Everton, 23, que também mora na cidade vizinha.

Gesislene Teruel tem um filho de 17 anos e também frequenta a Praça da Capela sempre que pode. Ela e o filho dividem o celular e para Gesislene o jogo está ajudando bastante no relacionamento dos dois. “Para falar a verdade instalei para acompanhar o ritmo dele. Agora ele está saindo mais do quarto e esse é um ponto positivo, adolescentes são mais fechados e também estamos conversando mais. Ele fala que eu tenho que caçar esse e esse, e depois conversamos”.

Além dos jogadores ocuparem mais as praças, outro ponto do jogo é que literalmente coloca as pessoas para caminharem. Um ovo de Pokémon que é capturado em um Pokestop, por exemplo, só irá eclodir se a pessoa caminhar bastante. Dependendo do ovo pode eclodir com caminhada de dois quilômetros, cinco e até dez. Tem jogador que já andou cerca de noventa quilômetros desde o lançamento, garantiu o grupo dos Lucas (no plural), Vinícius, Marco, Pedro e do Maicon. E nessa conta da quilometragem, anotem aí, não entra percurso feito de carro ou ônibus, por exemplo.

“Acima da velocidade do caminhar a contagem para de funcionar, mas você ainda pode caçar o Pokémon”, garantiu Lupércio.

 

Críticas

Pokémon Go também está sendo bastante criticado. Há pessoas que garantem que o jogo é uma perda de tempo e não agrega em nada. Também há pessoas preocupadas com a segurança e com acidentes. A Polícia Militar do Estado de São Paulo chegou a emitir um boletim assim que o jogo foi lançado no Brasil com orientações sobre segurança.

Entre as dicas estão cautela ao fazer uso do aparelho celular em público, ter atenção para não se tornar vítima de acidentes, brincar quando estiver acompanhado e escolher locais seguros para jogar, que tenham boa iluminação e sem circulação de veículos, etc.

Apesar de muitas pessoas divulgarem nas redes sociais que desde o lançamento houve roubos de celulares na região, os jogadores entrevistados disseram que ainda não presenciaram nenhum acontecimento do tipo. No entanto, a mídia regional já chegou a divulgar casos de roubos de celulares – o que serve de alerta, portanto.

“A gente anda em grupo, fica perto de quem a gente conhece para tentar evitar”, disse Pedro Cerruti, de 17 anos.

“Tem várias pessoas que ficam criticando o jogo, mas assistem novelas que tratam de coisa pior e encaram de uma forma natural”, refletiu Vinícius Miguel, de 15 anos.

“Eu acho que cada pessoa tem ciência dos seus afazeres e de suas obrigações, seja com a casa, com os estudos e o trabalho. Não é um jogo que vai alienar a pessoa e fazer com que ela deixe de viver para jogar”, finalizou Lupércio Martins.

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