A nadadora Poliana Okimoto se prepara para o Mundial de Maratonas Aquáticas, que será em julho, em Kazan, na Rússia, e servirá de seletiva para as Olimpíadas do Rio de Janeiro, em 2016. No último Mundial, em Barcelona, na Espanha, Poliana foi a campeã. Agora, o foco é ficar entre as 10 primeiras para garantir vaga às Olimpíadas. É a única seletiva olímpica. “É matar ou morrer”, observa o mogimiriano Ricardo Cintra, marido e técnico de Poliana.
A nadadora pode repetir o feito de outras atletas e ser bi-mundial, mas a ideia é focar a classificação para depois ter um ano de preparação visando as Olimpíadas. “O primeiro pensamento é classificar entre as 10, mas claro que a gente sempre pensa em estar no pódio”, frisa.
Os treinos são realizados desde janeiro no Clube Mogiano, onde Poliana irá se preparar até abril. O casal construiu uma casa em Mogi e agora reside na cidade em parte do ano. Depois, voltam ao Clube Esperia, em São Paulo.
Os trabalhos em Mogi permitem maior qualidade de vida, além de mais tempo para treinar e descansar. “Em São Paulo, é bem pior. Perde muito tempo no trânsito, tem dias que se perde duas horas que eu poderia estar descansando, principalmente em horários de pico, sexta-feira é um desastre”, comentou Poliana, lembrando que a qualidade de treinamento melhora quando descansa mais.
Cintra prefere realizar o período de base, onde se trabalha mais volume, no Clube, pela piscina ser de 50 metros, enquanto no Esperia, é de 25. A volta a São Paulo ocorre em função da piscina no Espéria ser aquecida.
Outro detalhe para auxiliar Poliana é que Cintra está treinando também com o promissor Matheus Henrique Bertazzoli de Souza, que irá em abril para São Paulo com o casal. Assim, um serve de referência para o outro em uma espécie de competição.
COPA
Poliana disputará na sexta-feira uma etapa da Copa do Mundo em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes. Poliana já foi campeã do Circuito da Copa, mas neste ano não está disputando todas as etapas, mas sim utilizando algumas provas como treino. Em junho, vai disputar a etapa de Portugal.
A medalha olímpica é a única ainda não conquistada por Poliana, a brasileira com mais medalhas em Mundiais em esportes olímpicos femininos: seis.
Cintra lembra que a esposa, hoje com 31 anos, ainda pode participar das Olimpíadas do Japão, em 2020. “Quanto mais velho, melhor”, explica Cintra. Porém, a rotina cansativa pode fazer Poliana se aposentar depois das Olimpíadas do Rio de Janeiro. Uma medalha olímpica pode motivá-la a continuar. “Se ganhar a medalha olímpica não tem motivo para parar”, observa o treinador.
