Ao menos três mortes envolvendo adolescentes, uma jovem de 14 anos e dois garotos, de 16 e 15, moradores de Mogi Mirim, foram registradas neste mês na cidade. Até o fechamento da edição, duas delas foram registradas como morte suspeita, sendo uma ocorrida no dia 13 e outra registrada no dia 25. Os óbitos chamaram a atenção de um dos médicos atuantes na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) da Santa Casa de Misericórdia, que acionou a Polícia Civil (PC) ao hospital para noticiar a similaridade entre os diagnósticos dos jovens. O médico teria estranhou os diagnósticos dos adolescentes, pois os três, segundo sua declaração para a Polícia Civil, teriam apresentado severas lesões cerebrais. Diante dos fatos, a PC determinou que os casos fossem registrados na polícia, requisitando exame de corpo de delito e necroscópico para averiguar as causas reais das mortes. A terceira morte, do jovem de 15 anos, ocorreu na quarta-feira e, de acordo com informações da assessoria do hospital, aconteceu devido a intoxicação por medicamentos.
De acordo com o registrado na polícia, a jovem de 14 anos e o adolescente de 16 teriam falecido em decorrência de Acidente Vascular Cerebral (AVC). No entanto, o médico disse para a Polícia Civil que, com base em seus conhecimentos científicos e empíricos, não é comum a ocorrência de AVC em pessoas desta idade. A recorrência dos fatos, segundo o médico, poderia evidenciar uma motivação comum.
O médico ainda teria dito que investigou os antecedentes dos pacientes e que, segundo os familiares, as vítimas já teriam feito uso de narguilé, que é um dispositivo que pode ser utilizado para consumir tabaco e drogas. O profissional informou ainda que não houve possibilidade de levantar mais dados das vítimas e de seus familiares e as causas das mortes.