A Polícia Civil prendeu, na Avenida Pedro Botesi, Zona Norte, na manhã de terça-feira, 30, Renato Marcelo de Oliveira, de 29 anos. Ele é autor confesso do assassinato de Giovana Alessandra Pinheiro, de 40 anos. O crime ocorreu à Rua Jamil André, no Parque do Estado II, na madrugada de sábado, 27. Porém, somente foi descoberto na manhã de segunda-feira, 29, quando moradores da Rua Eustórgio Coelho, via paralela ao local em que o crime teria ocorrido, encontraram um corpo enrolado com um cobertor e, e com uma sacola na cabeça.
Os moradores da localidade acionaram a Polícia Militar que, ao chegar, notou se tratar de um corpo humano, sendo então acionada a Polícia Civil e Polícia Científica para a realização dos exames periciais.
Assim que tomaram conhecimento do crime, membros do Setor de Investigações Gerais (SIG) da Polícia Civil iniciaram os trabalhos de campo, checando imagens de câmeras de segurança das redondezas e ouvindo diversos moradores.
A rápida resposta ao bárbaro crime veio em menos de 24 horas após o corpo ser descoberto. Os policiais Tibúrcio e Hélio chegaram ao autor, que confessou a ação.
O crime
De acordo com os relatos de Renato aos policiais, ele teria conhecido a vítima, que era moradora do bairro Santa Cruz, em Mogi Mirim, no mesmo dia. Ela teria ido até a sua casa para um programa sexual e, posteriormente, usarem drogas juntos. O autor então disse que, em dado momento, Giovana teria começado a extorqui-lo, exigindo dinheiro e ameaçando contar para esposa dele que teriam praticado sexo.
Renato Marcelo então aproveitou que ela dormiu e a asfixiou. Após o crime, ele teria mudado o local do corpo dentro do imóvel, já que a porta seria de vidro e estaria visível. Posteriormente, no sábado, ele saiu para trabalhar. Ao retornar notou que havia muito sangue do corpo da vítima o enrolou em um cobertor, colocando em sua cabeça uma sacola plástica.
No domingo, ele teve a frieza de ir para a casa de sua mãe, em Mogi Guaçu, onde passou todo o dia e, ao retornar, somente à noite, decidiu que era o momento de se livrar do cadáver.
Na madrugada de domingo para segunda colocou o corpo em seu ombro e seguiu pela rua paralela à sua casa. No meio do caminho, desequilibrou e o corpo caiu no meio fio. Ele tentou pegar novamente, já que tinha a intenção de desová-la em uma mata no final da rua, mas acabou desistindo.
Os policiais civis, ao checarem às informações dos moradores das redondezas do local em que o corpo foi descoberto e conferirem imagens de uma câmera de segurança, chegaram à uma moradia de fundos na Rua Jamil André. Ao verificarem o imóvel, encontraram as marcas de sangue, assim como notaram o forte odor. Ao identificarem o morador, seguiram para o local em que o mesmo estaria trabalhando, na Avenida Pedro Botesi.
Ao ser abordado, Renato negou o crime, contando que havia vindo do estado de Minas Gerais para Mogi Mirim para trabalhar no ramo da construção civil. Porém, os policiais já haviam feito toda a checagem do local do crime, encontrando, inclusive, as roupas que o autor usava no momento em que tentava se livrar do corpo.
Ao ser informado, ele não teve mais como negar e confessou a autoria.
Ao ser preso, foi levado à Delegacia de Defesa da Mulher (DDM), responsável pela apuração dos fatos. Renato Marcelo prestou depoimento para a delegada Raquel Casali, que solicitou à Justiça a prisão preventiva, à qual foi acatada. A família de Giovana, ao tomar conhecimento, esteve na DDM e, posteriormente, no Instituto Médico Legal (IML) para a formalização e liberação do corpo. A vítima era filha única e deixa dois filhos com idade de 8 e 14 anos.