Uma denúncia anônima de maus-tratos a um trabalhador rural levou a Guarda Civil Municipal e Secretaria de Assistência Social a uma propriedade no bairro do Brumado, na manhã de terça-feira, 20. A acusada das ações seria uma mulher de 63 anos e a vítima um homem de 60, que trabalhava no local há cerca de um ano.
De acordo com as informações dos gcm’s Moreira e Silveira, a corporação recebeu a denúncia de que, na propriedade rural, haveria um trabalhador sendo mantido em condições precárias. Ele seria responsável por cuidar, sozinho, da propriedade e dos animais. Porém, não teria acesso a condições mínimas para alimentação, higiene e moradia, sendo que dormia na parte externa de uma casa existente na área.
A mulher, suspeita de mantê-lo nestas condições, negou os fatos, informando, inclusive, que ela tem por hábito ir duas vezes por semana na propriedade e que ele teria acesso à parte interna da casa, inclusive a um quarto.
Já ele relatou que trabalha no imóvel e recebe cerca de R$ 1,1 mil por mês pelos serviços, os quais, ele acredita, que deveriam ser feitos por pelo menos “umas cinco pessoas”. Ele contou que a mulher muitas vezes o ofende verbalmente e já teria chegado a agredi-lo fisicamente. Ele ainda disse que dorme na parte de fora da casa, em cima de um pano e que, para tomar banho, fazia uso de uma mangueira com água gelada.
Sobre a alimentação, contou que comia arroz e feijão, sendo impedido de ter acesso a outros alimentos pela patroa que, segundo ele, também o impedia de sair da propriedade e ter convívio com outras pessoas, embora a mulher investigada tenha relatado que ele (seu funcionário) teria saído de férias recentemente, tendo 20 dias de descanso.
O caso foi levado à Delegacia de Polícia, que deverá dar continuidade nas investigações. O homem foi conduzido para um abrigo para receber os devidos cuidados.